Aprovado projeto que cria sessões acessíveis a autistas nos cinemas

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Hiperatividade, hipersensibilidade à luz e ao som estão entre os comportamentos comuns que dificultam a frequência dos autistas nas salas de cinema e que motivaram o projeto

 

Foi aprovado no plenário da Câmara, e segue para o Senado Federal, o Projeto de Lei 9972/18, que determina que todas as salas de cinema do Brasil reservem um dia por mês com sessões adaptadas às pessoas diagnosticadas com o transtorno do espectro autista (TEA) e seus familiares. O projeto, de autoria do deputado Fábio Trad (PSD/MS), deve beneficiar, diretamente, 2 milhões de brasileiros (segundo dados da Organização das Nações Unidas).
A proposta sugere que as sessões adaptadas não exibam publicidades nos filmes e que as salas não fiquem totalmente escuras e com volume de som tão alto, o que poderia facilitar a permanência de pessoas autistas nesses espaços amenizando a dificuldade de concentração, a hiperatividade e a hipersensibilidade à luz e ao som.
“As pessoas não sabem o que esse projeto significa para nós, mães de autistas como eu, com um filho autista que até os 25 anos não pôde ir ao cinema. E quando vai, sofre muito por causa do barulho, da escuridão ou de não poder se movimentar livremente dentro do cinema por não haver uma sessão adaptada para eles”, desabafou Berenice Piana, co-autora da lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA (Lei 12.764), sancionada em 2012.
Se aprovada a proposição no Senado e no Palácio do Planalto, os cinemas terão 90 dias, a partir da publicação da Lei, para se adaptarem às novas normas.
Ao projeto de lei foi adicionado uma emenda, da deputada Rejane Dias (PT-PI), que cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA).

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