CAMP Pinheiros ensina, orienta e prepara jovens de periferia gratuitamente para primeiros empregos
Ver os filhos crescer pode ser um momento de preocupação no imaginário dos pais, ainda mais em se tratando de famílias em vulnerabilidade social. É pensando nisso que o CAMP Pinheiros, há 44 anos, vem desenvolvendo ações de empregabilidade destinadas a jovens de baixa renda, visando à possibilidade de construir uma melhor condição de vida.
“Começamos com o Menor Patrulheiro. Era o empacotador de produtos em supermercados. Hoje temos uma média anual de 2000 a 2500 contratações de jovem aprendiz”, conta o Presidente do CAMP, Mário Ugolini.
Através da Lei 10.097/2000 e suas atualizações, foi estabelecido que as empresas devem cumprir uma cota entre 5% e 15% do quadro de funcionários destinada a jovens aprendizes, com idades entre 14 e 24 anos.
O Gerente de Comunicação da entidade, Rogério Correia, explica que “o programa Jovem Aprendiz tem como princípio a educação escolar, sendo obrigatório ensino médio completo ou cursando”.
O CAMP Pinheiros oferece diversos treinamentos (comportamento; preparação para entrevista de emprego; português) e encaminha o jovem para o mercado de trabalho. “O aluno não tem custo nenhum, pegamos o jovem de periferia e damos todas as orientações para ele se adequar ao choque cultural entre a sua realidade de vida e a nova realidade dentro de uma empresa”, diz Mário.
Sempre existiu uma barreira de preconceito em colocar jovens de periferia para um trabalho formal; por isso, Rogério faz questão de frisar que “têm que perceber a linguagem deles, sem ferir, invadir ou excluir a formação de comunidade dele. Mas, no ambiente profissional, as exigências são outras”.
Pedro Henrique, jovem negro e da periferia, é um dos milhares de exemplos de mudança de vida! “Consegui minha vaga de aprendiz por meio do CAMP e a formação realizada na entidade fez toda diferença. Acabei conseguindo uma contratação definitiva na empresa em que iniciei as atividades como aprendiz.”
O público LGBTQIA+ também faz parte do programa de incentivo. Samara, que se reconhece como do grupo LGBTQIA+, disse: “eu tinha um histórico de dificuldades para colocação profissional. Recebi atenção especial do CAMP, que me indicou para uma empresa de tecnologia que tem a diversidade e a inclusão como valores vivenciados no dia a dia. Hoje estou contratada, não poderia estar mais feliz!”
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