Ter um celular roubado implica preocupações de variados matizes, desde as mais imediatas até outras de caráter mais duradouro. No ato, a conta de banco pode ser “depenada” com poucos cliques e contatos podem ser acessados para golpes e chantagens. Mais adiante, fraudes mais rebuscadas, agenda de contato reaproveitada para maus fins e outras contas digitais devassadas são outras consequências.
Porém, desde 19 de dezembro uma ferramenta digital bastante prática foi posta à disposição de brasileiros pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública. É o aplicativo Celular Seguro, disponível para Android e iPhone em suas respectivas lojas de aplicativos e também acessível por computadores convencionais.
Desenvolvida em parceria entre o ministério, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a plataforma propõe um cadastro dos aparelhos. Assim que roubados, os dispositivos podem ser inutilizados, tornando-se inúteis aos ladrões e receptadores, inibindo o furto e a revenda desses aparelhos.
Em pouco menos de uma semana de funcionamento, o serviço já rendeu o bloqueio de mais de 4,3 mil aparelhos. Se por um lado esse número dá um indício da intensa gravidade do problema de furtos na segurança pública, por outro aponta tanto para uma adesão significativa quanto para uma provável eficácia da plataforma.
Cibersegurança em celulares
Além de zelar pela proteção física dos aparelhos, a retaguarda digital dos celulares merece uma atenção especial que nem sempre é recebida. Porém, não é preciso ser um especialista para tomar precauções nessa seara tão visada por cibercriminosos.
Serviços de VPN
Um dos cuidados mais fundamentais, embora ignorado por muita gente, é a contratação de um bom serviço de VPN, que é uma rede virtual privada. O acesso a uma VPN garante navegação na internet com codificação de todas as comunicações com criptografia, o que diminui a probabilidade de invasões virtuais e interceptações de dados sensíveis.
Entre usuários dessa tecnologia no celular, ocasionalmente existe preocupação porque a VPN não conecta. Normalmente, esse tipo de problema pode depender de configurações de internet do aparelho (como a alternação entre Wi-Fi e rede móvel), mas também de outros fatores estruturais.
Por isso é tão importante a precaução e a escolha do programa de VPN. Um programa confiável apresentará servidores em boa quantidade, com interface de uso amigável, configurações customizáveis e um atendimento ao consumidor de boa qualidade.
Criptografia de dados
Além da VPN, outras ferramentas de celular permitem ativar a criptografia de dados. Aplicativos de comunicação como WhatsApp e Telegram passaram a oferecer tal codificação de comunicações como um padrão, mas outros exigem a ativação dessa função.
Programas e serviços como e-mails muitas vezes exigem tal ativação. Além da criptografia na comunicação de dados, uma precaução usual e útil em celulares é desativar a transmissão de dados sensíveis para determinados aplicativos. As permissões de cada aplicativo variam e alguns podem ser demasiadamente exigentes, então gastar meia hora revisando tais permissões é uma medida de segurança bastante razoável.
Controles de acesso do celular
As gerações mais recentes de celulares têm a vantagem de incorporar tecnologias de segurança ao hardware dos aparelhos. Em levas mais atualizadas de dispositivos, a ativação mediante impressão digital ou pelo reconhecimento facial são recursos relativamente frequentes.
Esses métodos mais atuais de acesso protegido têm a vantagem de impor uma camada adicional de segurança aos aparelhos e operações internas.
Os principais pontos positivos de transformar aspectos físicos íntimos de cada usuário de celular em códigos de ativação estão relacionados à possibilidade de usar essas novas “senhas” tanto para evitar violações físicas do aparelho (como num furto) quanto os abusos de compras e acesso a aplicativos de uso interno do dispositivo. Portanto, não ignore essas possibilidades tecnológicas se seu celular lhe dá direito a elas.
