ESPECIALISTA RESPONDE: O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE AS VARIANTES DA COVID-19?

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Clínico geral e imunologista parceiro da Care Plus esclarece dúvidas sobre as diferentes formas e mutações do vírus Sars-CoV-2


Julho, 2021. Após mais de um ano e quatro meses de pandemia da Covid-19, diversas variantes apareceram, oriundas das mutações do vírus no código genético. Conforme as variantes são detectadas em um país ou região, as atenções se voltam para tentar decifrá-las, entendendo como se comportam no corpo humano, quais são os principais sintomas e reações às vacinas já existentes.

Atualmente, quatro variantes distintas circulam na sociedade, algumas concentradas em determinada região, e outras não. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante Alfa foi identificada no Reino Unido, a Beta na África do Sul, a variante Gama no Brasil e a última descoberta, variante Delta, identificada na Índia.

Eduardo Finger, clínico geral e imunologista parceiro da Care Plus, explica um pouco mais sobre as quatro variantes descritas acima e a importância das vacinas para a prevenção do contágio.

Variante Alfa: segundo estudos, a Alfa tem transmissibilidade até 50% maior que a outras linhagens, mas isso não quer dizer que seja a mais perigosa. Segundo o dr. Eduardo, estudos sobre maior risco de hospitalização e mortalidade não estão confirmados, mas acendem um alerta para a importância da vacinação, diante da efetividade das vacinas oferecidas atualmente contra essa variante;

Variante Beta: descoberta na África do Sul, é uma variante que preocupa pela resposta imune, podendo ocorrer casos de reinfecções, além de taxa alta de transmissibilidade. “Estudos apontam que as vacinas da Pfizer e Janssen são eficazes contra a Beta, entretanto esse não deve ser um impeditivo para tomar alguma outra vacina disponível, já que essas análises estão em andamento e estudos de eficácia são constantes”, alerta o imunologista;

Variante Gama: também com altos índices de transmissibilidade, é a variante que assustou os brasileiros nos últimos meses, levando ao pico das internações em março e abril. Finger explica que a variante possui boa resposta às vacinas disponíveis no Brasil, por isso é imprescindível que as pessoas busquem a vacina no posto mais próximo e se atentem à data da segunda dose;

Variante Delta: os estudos estão voltados para a performance dessa variante no organismo, por ser a descoberta mais recente, mas já é de conhecimento científico que é altamente contagiosa. As vacinas Pfizer e AstraZeneca tem eficácia comprovada contra a mutação, e outros testes estão em andamento em relação às outras vacinas.

“Sendo a variante Alfa, Beta, Gama ou Delta, o vírus continua circulando e é mais que necessário manter os procedimentos sanitários e de segurança, independentemente se o indivíduo já tomou a vacina e, principalmente, quando outros membros da família ainda não tomaram. O uso da máscara precisa continuar sendo um hábito imprescindível, assim como a higiene das mãos e o distanciamento entre as pessoas, em lugares abertos e fechados. Somente dessa forma, a imunidade ao vírus será alcançada”, completa o profissional.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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