Prefeitura libera dinheiro para projeto de reforma da marquise do Ibirapuera, após Justiça determinar interdição do local

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Essa interdição aconteceu em dezembro de 2020, após pedido da Associação dos Moradores do Jardim Lusitânia, que aponta negligência da gestão municipal. Em 2017, parte do teto da marquise caiu e a Prefeitura isolou apenas um trecho da marquise. Documentos revelam que o local tem infiltrações, trincas e fissuras


No último dia de 2020, a Prefeitura de São Paulo liberou R$ 723 mil para o projeto de reforma da marquise do Parque Ibirapuera. Inicialmente, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente afirmou que não tinha dinheiro disponível para as obras e que tinha feito “ações junto aos fundos municipais para buscar os recursos de transferência para as obras de emergência no local”.

No entanto, o dinheiro surgiu após a Justiça determinar a interdição total da marquise, em dezembro do ano passado. Essa interdição aconteceu após pedido da Associação dos Moradores do Jardim Lusitânia, que aponta negligência da gestão municipal.

Na ação, o juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi relata que “os autores afirmam que tentaram dialogar com as autoridades competentes, mas que não obtiveram êxito. (…) apesar de haver provas robustas quanto ao risco de desabamento da estrutura em comento, até então nada de efetivo foi feito pela ré, apenas medidas paliativas e interdição parcial do local”.

Os R$ 723 mil liberados pela Secretaria Municipal da Fazenda referem-se apenas ao projeto básico para a reforma emergencial, que inclui estudos técnicos e orçamento final para a reforma. Outra licitação será feita para as obras.

Segundo a minuta do termo de referência que define as regras a serem seguidas pela empresa que vai realizar a obra, “nenhuma das duas reformas realizadas na Marquise até o momento (1987 e 2012) contemplou, em seu escopo de intervenções, melhorias no revestimento de sua laje inferior (forro), com exceção de pintura e iluminação”.

O documento também afirma que “a laje apresenta patologia estrutura visível: infiltrações, trincas e fissuras, rompimento das cabeças de diversos pilares por cisalhimento (que comprometem a estabilidade da estrutura em diversos pontos isolados)”.

De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, “ainda não é possível determinar prazo para início da obra. Será realizada licitação para escolha da empresa responsável pela elaboração do projeto”.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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