O fechamento deve ocorrer até 30 de abril, para evitar aglomerações em locais fechados. Associação Brasileira dos Lojistas Satélites teme a “quebra” de mais de 80% dos pequenos e médios lojistas
Com o avanço do contágio do coronavírus, o Governo vem tomando medidas drásticas para evitar aglomeração de pessoas, o que, segundo especialistas da área da saúde, seria o ideal para diminuir a proliferação do vírus.
Com isso, nesta quarta-feira (18), o governador João Doria recomendou que shoppings centers e academias da Região Metropolitana de SP fechem suas portas até o dia 30 de abril. “O Governo age de forma sensata e equilibrada, entendendo a gravidade dessa pandemia. É uma questão de saúde pública”, disse Doria.
Grupos proprietários de shoppings e academias tem a liberdade de discutir com os lojistas e franqueados as melhores formas de atendimento ao público durante o fechamento. O Governo também indicou que os funcionários recebam férias coletivas e que demissões sejam evitadas.
“A nossa recomendação é para que os empregadores não demitam e preservem os empregos. O coronavírus não se eterniza, ele tem um prazo determinado. Faço um apelo como Governador para que empregadores não se precipitem e estabeleçam condições adequadas para antecipar férias”, pediu o governador.
Alguns shoppings da capital já haviam reduzido seus horários de funcionamento, das 12h às 20h, conforme determinação da Associação Brasileira de Lojistas.
A Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) estima que mais de 80% dos pequenos e médios lojistas de shoppings de São Paulo podem “quebrar” se as portas dos shoppings forem fechadas. “Se os shoppings fecharem, então fechou o ‘registro da água’. Não tem mais nada entrando. O pouco dinheiro que o lojista tem em caixa vai servir para pagar funcionário. Não tem como pagar aluguel, nem dívida, nem imposto”, disse Tito Bessa, presidente da Ablos.
Uma linha emergencial de crédito foi criada para incentivar empreendedorismo e a geração de emprego e renda, já que muitas empresas estão preocupadas com a recessão econômica por conta do coronavírus. O crédito é destinado para empresas dos setores de Turismo, Viagens, Economia Criativa e Comércio.
“Este crédito está destinado as empresas do setor de turismo, economia criativa e comércio. Gostaria de ressaltar restaurante, bares, cafés e similares. As linhas de créditos estão disponíveis através do Banco de Desenvolvimento e o Banco do Povo para microcrédito”, explicou Doria.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) cerca de 25 milhões de empregos podem ser destruídos, no mundo, por causa da pandemia do coronavírus. Isso se os governos não agirem rápido para proteger os trabalhadores.
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