O professor estava hospedado no hotel e foi agredido com dois chutes por outro hóspede que sofreu uma tentativa de assalto na região
Um professor de Educação Física, negro, do Rio de Janeiro, foi agredido com dois chutes em um hotel da Vila Olímpia após ter sido confundido com um ladrão, por um hóspede. O professor Luiz Heleno Bento, também estava hospedado no hotel.
O agressor disse que confundiu Luiz com um homem que tentou assaltá-lo momentos antes, perto do hotel, quando ele saiu para beber com o filho. Ao ser informado pelos funcionários do hotel que Luiz também era hóspede do local, o homem pediu desculpas à vítima dizendo: “Ô, negão, me desculpe, mas eu te confundi com um ladrão que tentou me assaltar antes”.
O professor registrou boletim de ocorrência por racismo. “A agressão maior para mim foi ele ter falado ‘pensei que você fosse ladrão’. Ou seja, não vale de nada você ter estudo, você ser bom, você é negro: você é pré-julgado. Você sofre agressão, preconceito. E ainda tem gente que diz que isso não existe mais”, desabafou a vítima.
O hotel Grand Mercure Vila Olímpia afirmou que “o desentendimento ocorreu fora das dependências do empreendimento e que foi prestado todo o atendimento necessário”. Também alegou que é “contra qualquer tipo de discriminação e que está à disposição para colaborar com as autoridades”.
A lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 define que “serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Já a Constituição Federal de 1988 determina que “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
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