Existe uma variação de preço de 333% em alguns produtos: se na Zona Sul uma borracha látex branca custa R$ 2,60, na Zona Norte ela pode ser encontrada por R$ 0,60
Pais e mães da Zona Sul devem pagar mais caro este ano na hora de comprar material escolar para os filhos. Segundo uma pesquisa do Procon-SP, os maiores preços dos materiais foram encontrados na região Sul e, os preços mais baixos, na Zona Norte.
No geral, em relação a 2019, a pesquisa apontou uma variação de 333% no preço de alguns materiais escolares: se na Zona Sul uma borracha látex branca custa R$ 2,60, na Zona Norte ela pode ser encontrada por R$ 0,60; uma caneta hidrográfica pode custar R$ 24,50 em um local, R$ 35,40 em outro lugar e R$ 59,90 em uma terceira loja.
Na Zona Sul também foram encontrados preços caros para itens mais simples e comuns: o lápis preto vale R$ 1,40, enquanto na Zona Norte é R$ 0,60; a cola em bastão custa R$10,90 na Zona Sul, mas pode ser encontrada por R$ 4,60 na Zona Oeste; e o apontador que custa apenas R$ 1,90 no Centro e é vendido por R$ 5,90 na Zona Sul.
Segundo o Procon, “a pesquisa de material escolar realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor tem como objetivo oferecer referências de preço por meio dos preços médios obtidos. Foram coletados preços de apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, fita corretiva, giz de cera, lápis preto e colorido, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, pintura a dedo, refil para fichário, régua e tesoura escolar”.
Os preços dos mais de 120 itens comparados a 2018 indicam que os produtos estão 3,71% mais caros, com variação de 3,50% segundo o Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP). No entanto, a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) indica um crescimento ainda maior nos preços: 8%, em média, nos meses de janeiro e fevereiro.
Essa média de 8% pode acontecer devido a elevação dos custos das matérias-primas, como o papel, tintas e plástico. Além da variação do dólar que fez os preços de mochilas subirem.
O Procon-SP indica que, na hora das compras, mães e pais devem ficar atentos aos materiais que sobraram do ano anterior e podem ser reaproveitados, assim como promover troca de livros entre os colegas da escola, o que pode gerar economia.
“Na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material escolar de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo), conforme determina a Lei nº 12.886 de 26/11/2013. Também não podem exigir a aquisição de produtos de marca específica. Alguns itens de uso escolar só podem ser comercializados se apresentarem o selo do INMETRO. A certificação é obrigatória e garante a qualidade e segurança do produto para uso das crianças”, informa o Procon.
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