Tipo mais comum de câncer de pulmão também avança entre não fumantes por conta de efeito da poluição

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Crédito: Freepik

Mais comum em homens tabagistas com mais de 60 anos, o câncer de pulmão avança também entre mulheres jovens que nunca fumaram

Homem, tabagista e com mais de 60 anos. Esse continua sendo o perfil mais comum entre as pessoas que recebem o diagnóstico de câncer de pulmão. No entanto, está sendo registrado um crescimento preocupante de casos de adenocarcinoma, o tipo mais comum de câncer de pulmão, entre não fumantes, especialmente mulheres. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), em alusão ao Agosto Branco, mês de conscientização sobre câncer de pulmão, faz esse alerta com base em estudo publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine, liderado por pesquisadores da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC/OMS).

Os pesquisadores destacam que há evidências de uma relação entre a poluição por material particulado e risco aumentado de adenocarcinoma, tipo mais comum de câncer de pulmão, principalmente entre não fumantes, com maior tendência entre mulheres. O estudo mostra que mais de 80 mil novos casos anuais no sexo feminino são atribuíveis à poluição do ar.

Com estimativa de mais de 32 mil novos casos em 2025, o câncer de pulmão é a terceira neoplasia mais comum entre os homens e a quarta entre as mulheres. Segundo o INCA, mais de 18 mil brasileiros e 14 mil brasileiras devem receber o diagnóstico este ano. Embora também acometa não fumantes, o principal fator de risco é o tabagismo em todas as formas, incluindo cigarro tradicional, eletrônico e narguilé. Outros fatores incluem sedentarismo, álcool, exposição passiva, ocupacional e hereditariedade.

A SBCO também busca informar sobre sintomas como tosse persistente e falta de ar, além de reforçar o diagnóstico precoce. Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, afirma que o câncer de pulmão é evitável. “O tabagismo está relacionado a 85% dos casos. Não fumar é o melhor caminho. Além disso, medidas favoráveis ao meio ambiente contribuem para a redução da incidência.”

O diagnóstico combina exame clínico, exames de imagem, broncoscopia, biópsia e testes moleculares. O tratamento pode envolver cirurgia, como lobectomia ou segmentectomia, terapias-alvo, imunoterapia, quimioterapia e técnicas modernas de radioterapia, como a radiocirurgia. Medidas de prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para aumentar as chances de controle da doença.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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