Segundo Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, o estado de São Paulo, deve receber o maior número de diagnósticos de câncer de próstata da região
A neoplasia de próstata é o segundo câncer mais frequente em homens, precedido apenas por tumores de pele não melanoma. É o que aponta o levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA). De acordo com os registros, o Brasil deve somar mais de 71 mil novos casos a cada ano do triênio 2023/2025, um aumento de 8,5% em relação à estimativa anterior, que era de 65.840 casos, observa a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Só o Sudeste deve registar mais de 34 mil casos, sendo que em São Paulo o número é de 16.830.
Para Alfredo Felix Canalini, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o Sudeste reúne mais casos de câncer de próstata devido a ter alguns hospitais de referência para o tratamento dessa doença. “Esses estados costumam possuir hospitais referência no tratamento do câncer e acabam recebendo mais pacientes”, explica.
A campanha Novembro Azul vem para reforçar a conscientização dos homens sobre a importância do diagnóstico precoce principalmente na população de maior risco, que são homens com história familiar de câncer de próstata, afro descendentes e os obesos, com IMC acima de 30. Segundo pesquisa realizada pela Qualibest, encomendada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em sua maioria os homens não procuram médicos especialistas para fazer exames de prevenção ou, quando fazem, é por ter surgido algum sintoma.
Segundo Canalini é aconselhável a realização dos exames de rotina a partir dos 45 anos nos homens com algum fator de risco para essa doença, pois o câncer de próstata tem, na maioria dos casos, uma evolução silenciosa. “O câncer de próstata, na fase inicial, pode não apresenta qualquer sintoma, e na maioria das vezes, quando os sintomas surgem, 90% dos paciente já apresentam doença avançada, sem possibilidade de cura, portanto é importante a realização dos exames de dosagem do PSA no sangue (antígeno prostático específico) e o exame de toque retal, que permitem o diagnóstico da doença em fase mais inicial”, explica.
Além do diagnóstico precoce, o presidente da (SBCO), Rodrigo Nascimento, ressalta a importância de adotar hábitos saudáveis. “Além dos exames para prevenção, há outras atitudes preventivas que são fundamentais para a saúde como a prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, além de não fumar”.
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