Silvinho se apresenta para a população de Santo Amaro com entrevista exclusiva para o Grupo Sul News
Os novos subprefeitos assumiram seus postos nas 32 subprefeituras da capital e Santo Amaro também já tem um novo administrador, o Gestor Público Silvio Rocha, ou simplesmente Silvinho, como é conhecido por todos à sua volta. Na quinta-feira (20), ele recebeu o Grupo Sul News para uma entrevista exclusiva de apresentação à população santamarense
Silvinho tem 36 anos, é casado com a Talita e pai de dois filhos, Cauã e do Theo. Sua ligação com a política começou bem cedo, ainda na adolescência em 2008. Naquele ano ele participava dos movimentos estudantis e lutava pelo Passe Livre, além de melhores condições no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), que tinham uma série de deficiências, deixando estudantes recém-formados com dívidas. Também participou de movimentos que buscavam a integração do ensino médio com o técnico.
Filiado ao PODEMOS, ele vem acumulando funções importantes no meio, como presidente da Juventude Municipal do partido, presidência estadual, membro da nacional e por fim secretário estadual. Hoje, é presidente municipal, com passagens por trabalhos na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
No último dia 12, assumiu a Subprefeitura de Santo Amaro com o propósito de fazer com que os próximos quatro anos sejam o melhor da região e resgatar o Eixo Histórico do bairro. “Sou uma pessoa de muito diálogo, de muita conversa, de ouvir para que a gente possa construir uma Santo Amaro muito melhor do que a gente tem. Nosso prefeito Ricardo Nunes fala que esses quatros anos, serão os melhores da cidade de São Paulo. E é pra isso que eu vim, pra fazer de Santo Amaro a melhor gestão que possa ter”, afirmou durante a entrevista.
Confira a entrevista na íntegra que Silvinho concedeu ao Gruo Sul News.
GRUPO SUL NEWS: Silvinho, em primeiro lugar eu vou pedir para que você se apresente para a população de Santo Amaro. Quem é você? O que que você fazia antes de vir trabalhar aqui na subprefeitura? Como entrou para política?
SILVIO ROCHA: Bom, meu nome é Silvio Rocha, mais conhecido como Silvinho, tenho 36 anos, sou casado com a Talita, pai de dois filhos, do Cauã e do Theo. Sou formado em gestão pública e cursando engenharia civil. Minha vida política é de militância e começou em 2008, nos movimentos estudantis. Na época me filiei ao PTN (Partido Trabalhista Nacional), que hoje é o PODEMOS, e saí candidato em 2010, sendo o candidato mais jovem do país naquela ocasião. Depois saí candidato a deputado estadual. Continuei na militância estudantil, saí do candidato pelo uma segunda vez em 2014. Partidariamente, fui presidente da Juventude Municipal, Estadual, membro da Nacional, Secretário Estadual e Secretário Municipal da Executiva. Depois presidente municipal em que estou até hoje. Também tive cargos na Câmara Federal em 2017, e entre 2019 a 2022, na Assembleia Legislativa como assessor legislativo de orçamento. Passei pela Câmara Municipal em 2021, como chefe de gabinete onde fiquei até 2024. Nos últimos seis meses fui assistente especial da Câmara.
GSN: Então, você já tem há um tempo na política, desde a Juventude. O que você traz dessa época de militante dos movimentos estudantis. Tem alguma coisa, alguma pauta que ainda persiste e quer trabalhar?
SR: Na época tinha uma pauta muito latente, que a gente lutava bastante, que era o Passe Livre e ter mais oportunidade. O FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), tinha 11 deficiência muito grande, que estava gerando um endividamento muito grande dos alunos e acabava virando uma bola de neve. Também tinha profissionalização do ensino médio, com a junção do ensino técnico. É isso aqui que eu trago dos movimentos estudantis.
GSN: Você começou com a engenharia e depois foi para a gestão pública?
SR: Na verdade, eu iniciei em 2011, fazendo engenharia, fiquei por três anos. Por algumas diversidades particulares, acabei trancando. Fui pra a gestão, concluí gestão pública, agora retornei pra engenharia.
GSN: E qual sua ligação com Santo Amaro?
SR: A minha ligação com a região é oriunda do próprio partido que se faz presente aqui na região, na Rua Alexandre Dumas, a fundação do partido também. Aqui temos os nossos cursos profissionalizantes. Como presidente municipal, a gente tem que olhar para a cidade de São Paulo, não por uma região. Então acabei atuando na cidade inteira, em especial aqui na região de Santo Amaro.
GSN: Então você não é daqui de Santo Amaro?
SR: Sou oriundo da zona leste, morador da zona leste, mas a gente acaba pensando nas políticas públicas para a cidade de São Paulo e agora focado aqui na região de Santo Amaro, pra que a gente possa trazer aquilo que necessita para a região.
GSN: Você está vindo da zona leste para Santo Amaro todos os dias? Olha que caminho, hein?
SR: Sim. Todo dia, 6 horas da manhã estou na estrada já vindo pra cá.
GSN: Bom, me conta um pouquinho como se deu a sua indicação, nomeação, qual foi a conversa que vocês tiveram?
SR: A indicação foi técnica, é referente a todo o meu passado político. Foi uma indicação em conjunto com o prefeito Ricardo Nunes. Eu participei da coordenação da campanha do Ricardo Nunes também, dialogando com todos os territórios e em conjunto com o vereador Gabriel Abreu. O prefeito optou para que eu pudesse vir aqui contribuir com Santo Amaro, que é uma região aonde ele atua muito, mora e inclusive já passou sua carreira política por aqui. Então ele me incumbiu dessa tarefa de estar na região dele e cuidar da região dele, juntamente com o Gabriel, que também é morador daqui, da Granja Julieta, juntamente com a Renata Abreu.
GSN: Bom, você tá aqui há pouquíssimo tempo, mas já observou, se tem alguma coisa que precisa melhorar, precisa trabalhar mais. O que já deu para ver?
SR: Tem muitos pontos que a gente precisa analisar mais com calma. Estou aqui há cinco dias, mas é praticamente três. Eu estive em reuniões na própria prefeitura de alinhamento das subs. Temos pontos sensíveis, como o Largo 13, a questão da situação dos moradores de rua, que é um problema latente aqui da região, a questão da insegurança, dos assaltos, que vem acontecendo que eu venho falando um pouco com alguns moradores, com alguns comerciantes, com movimentos, e resgatar 11 ponto muito importante, que eu já ouvir de várias pessoas, que é a revitalização do eixo histórico de Santo Amaro, que eu acho que é importante aqui pra região. Então alguns pontos que eu já peguei que irei trabalhar.
GSN: Você já assumiu essa subprefeitura com alguns pontos bem sérias, né? Para trabalhar algumas questões bem pertinentes. Como você definiria sua forma de trabalhar, como você é no dia a dia?
SR: Bom, eu sou uma pessoa que ouço muito. Já dizia que Deus, na sua grande sabedoria, ele deu dois ouvidos e uma boca para que a gente possa ouvir mais, para aprender mais. Então, sou uma pessoa de muito diálogo, de muita conversa, de ouvir para que a gente possa construir uma Santo Amaro muito melhor do que a gente tem, e o nosso prefeito Ricardo Nunes, ele fala que nós vamos ter nesses quatro anos, os melhores da cidade de São Paulo. É para isso que eu vim, pra fazer de Santo Amaro, nesses quatro anos, a melhor gestão que possa ter. Sou um jovem com muita garra, com muita determinação, que não tem medo do trabalho, que acorda cedo, que vai dormir tarde e principalmente, que gosta de gente, para que a gente possa fazer políticas públicas olhando para as pessoas.
GSN: A subprefeitura, então, está de portas abertas pra população?
SR: A subprefeitura está de portas abertas para a população. Eu estou de portas abertas pra população, é isso que a gente quer, esse diálogo com a sociedade, com todos os órgãos dela.
GSN: Bom, vou aproveitar que você tocou em alguns pontos e vou colocar algumas questões que eu já vi que você já observou aqui na região. A última vez que estivemos aqui na subprefeitura, foi por causa de uma reunião organizada pelo Conseg com os comerciantes de Santo Amaro. Eles regravam da questão dos moradores de rua aqui na região, que está afastando os clientes deles. Nesta reunião, foi colocada uma maneira melhor de trabalhar com esses moradores de rua, atender as pessoas em vulnerabilidade de uma forma que também não afastasse os clientes. Foi estipulado um prazo para que o Centro de Suporte fosse mudado de lugar, e foi assinado um documento com as resoluções do encontro. Essas políticas serão mantidas, você vai analisar isso. Como é que tá isso?
SR: Primeiro que esse equipamento não é de pertencimento da sub. É da Secretaria Municipal de Assistentes e Desenvolvimento Social. Eu não sei se o programa que tá lá é abrigo de moradia e fica ali bem em uma rua de comércio. Então, esse é um ponto muito sensível. Acho que nessa reunião que foi falada, foi feita inclusive com a coordenadora da Assistência Social e ela se colocou à disposição para analisar um outro local para retirada, inclusive pediu até ajuda dos comerciantes para saber se tiver algum prédio, algum espaço que possa ocupar. Eu vejo com muito carinho essa questão e eu estou conversando com a Secretaria para que eu possa trazer eles aqui até para dar uma olhada e também reforçar a Operação Delegada na região, que é o preventivo e está acontecendo todo dia de manhã, com nosso pessoal lá limpando, passando o caminhão hidrojato. Isso tá acontecendo, que é uma questão paliativa, mas queremos resolver isso. Os comerciantes podem ter certeza do subprefeito como um grande parceiro, mas sempre olhando para as causas sociais para que a gente possa chegar no certo.
GSN: Outra questão que a região vem sofrendo muito com assaltos, principalmente ali na Chácara Santo Antônio. A gente tem recebido inúmeras reclamações, moradores falando de manifestação, que nos procuram para denunciar e pedir ajuda. Como que a subprefeitura pode ajudar a trazer mais segurança para o bairro?
SR: Isso foi pauta que eu levantei na reunião com o nosso secretário Fabrício Cobra. Tem algumas medidas. O preventivo, que é o policiamento, que cabe a polícia militar. Eu solicitei a ampliação do Smart Sampa aqui na nossa região, para que a gente possa colocar as câmeras em conjunto com a prefeitura, para que a gente possa apontar os locais que tenha mais vulnerabilidade e principalmente, índice maior de assaltos. A subprefeitura entra com a limpeza, com a iluminação. A guarda municipal possa estar fazendo uma roda mais ostensiva na região, para que a gente possa unir todas as forças, todos os membros da sociedade, para que a gente possa chegar na desejada solução que é trazer a segurança de volta.
GSN: Para a gente ter uma participação da população nesta entrevista de apresentação, abrimos uma caixinha de pergunta no Instagram da Gazeta para nossos leitores mandarem algumas perguntas. Separamos três que são bem interessantes. A primeira é da Ana Maria Teixeira dos Santos e é sobre “qual o cuidado que a subprefeitura vai ter com o Largo 13 na região. Ali tem muitos ambulantes, que dificulta um pouco a circulação das pessoas, também atrapalha o comércio. Qual é o cuidado que a subprefeitura pode ter ali e como atuar nessa região?
SR: Eu ainda estou tomando pé da situação, mas foi um pedido também do nosso prefeito Ricardo Nunes pra que a gente pudesse organizar. O prefeito é a pessoa que mais incentiva a questão do empreendedorismo. Sabemos que temos que dar oportunidade para que as pessoas possam ter a sua renda, trazendo para legalidade todos eles no “Tô legal”. Eu vim com uma missão para que a gente possa organizar o Largo 13 e ter harmonia entre os comerciantes, a população e principalmente ter ordem na região.
GSN: Outra pergunta é do Respira Santo Amaro, um grupo de moradores aqui da região que alega que a empresa Isover Saint-Gobain emite poluentes acima do permitido. Eles perguntam “o que o senhor fará por eles diante do mal da Isover?”.
SR: Existe um problema crônico, a empresa está há 50 anos aqui na região. Eu estou falando preliminarmente que eu levantei agora. Foram feitos alguns estudos do que compete à subprefeitura e eles têm todas as certificações, têm todas as autorizações necessárias. A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) também passou que o nível de poluentes está dentro do estabelecido. Eu estou fazendo mais levantamentos, mas o que eu vou fazer? Vou pedir uma reunião na CETESB juntamente com os moradores pra que a gente possa chegar em algum consenso. Como eu falei, a empresa está estabelecida há 50 anos aqui, então é um problema que foi levantado agora depois de 50 anos. Eu preciso tomar pé ainda de tudo que está acontecendo, mas me coloco à disposição pra ser o interlocutor para que a gente possa chegar numa solução.
GSN: A Ione de Almeida Leite quer saber se você pretende reservar um dia da semana para ouvir a população e a comunidade de Santo Amaro?
SR: Com certeza. O meu estilo, na verdade, é de estar na rua, ouvindo cada um. A gente estando na rua acaba sentindo e vendo de perto quais são os problemas que acaba tendo e ajudando na nas soluções. Então é vou reservar, sim aqui no gabinete para que a população possa vir aqui, mas principalmente estaremos na rua in loco, pra estar em conjunto com eles, estar no dia a dia pra estar vendo, ouvindo e levando soluções.
GSN: Já conseguiu andar aqui pela região, pelo menos aqui nessa parte da subprefeitura?
SR: Um pouco, até porque eu faço academia aqui no shopping, então eu venho a pé de lá. Mas eu estou mergulhado em ganho de processo em algumas questões administrativas, ainda estou tomando pé. Fazendo algumas organizações aqui na sub para que eu possa ter o meu estilo de trabalho aqui.
GSN: E aí, pra finalizar, quais são os seus planos e o que que você pretende deixar de legado aqui para Santo Amaro?
SR: O meu plano é fazer em Santo Amaro a melhor gestão dos últimos quatro ano e deixar como legado. Diminuir o índice de violência, que não é da minha competência, mas posso ajudar a diminuir. Resgatar esse eixo histórico é da revitalização e, principalmente, deixar Santo Amaro saber que o subprefeito esteve sempre presente. A subprefeitura esteve sempre presente na região. Então o legado é de um gestor trabalhador.
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