Evento celebra estabelecimentos gastronômicos da cidade de São Paulo com Selo de Valor Cultural
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, lançou na sexta-feira (4) o programa Patrimônio à Mesa, que reconhece com o Selo de Valor Cultural, do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), estabelecimentos que são admirados por suas tradições, histórias e contribuições à gastronomia da cidade.
Além do reconhecimento, o Patrimônio à Mesa se estende em uma semana repleta de eventos nos espaços gastronômicos participantes, unindo cultura e boa comida. Entre os dias 7 e 13 de abril, cerca de 40 estabelecimentos – entre restaurantes, padarias, empórios, bares, cantinas, pizzarias, pastelarias, panificadoras e confeitarias – reconhecidos pelo Selo de Valor Cultural apresentam suas histórias, gastronomia e recebem intervenções artísticas.
“Contamos e valorizamos a história da cidade também por meio dos comércios e serviços tradicionais da cidade que, ao longo dos anos, adquiriram valor afetivo e simbólico, e se tornaram referências culturais em seus bairros”, destaca Totó Parente, Secretário de Cultura e Economia Criativa.
Fabricio Cobra, Secretário Municipal de Subprefeituras, destaca que “a história de São Paulo passa pelo comércio do centro. Valorizar esses estabelecimentos gastronômicos é resgatar e manter a memória da cidade”.
Entre os espaços homenageados está a Padaria Santa Tereza, fundada em 1872. Considerada a mais antiga do Brasil, tendo sido construída antes mesmo da Catedral da Sé, mantém uma clientela fiel aos seus quitutes, sendo a coxa-creme uma das receitas atrativas do local.
O Patrimônio à Mesa também elencou a mercearia mais antiga de São Paulo e vizinha do Edifício Sampaio Moreira, um dos primeiros arranha-céus da cidade: a Casa Godinho. Ativa desde a inauguração do prédio, há mais de 100 anos, e funcionando, como negócio, desde 1888, quando a mercearia estava sediada na Praça da Sé. A Casa Godinho mantém sua estrutura conservada há séculos e foi o primeiro estabelecimento gastronômico a ganhar o reconhecimento de patrimônio cultural imaterial da cidade pelo Conpresp, em 2013. Entre os secos e molhados que ainda continuam à venda – agora não necessariamente voltados para clientes europeus e a elite paulistana da época – estão as empadas, com até oito sabores diferentes.

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