Capital paulista destaca avanços no combate ao aquecimento global e participa de debates sobre o futuro climático do planeta
O mês que se inicia será marcado pela realização da COP30 (Conferência das Partes) no Brasil. O evento acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro, na cidade de Belém, no estado do Pará. Para o encontro, são esperados diversos líderes mundiais, autoridades, cientistas, organizações não governamentais, representantes da sociedade civil e do setor privado e organizações internacionais.
A COP, que é o maior evento das Nações Unidas, tem como objetivo a discussão e negociação intergovernamentais sobre como frear as mudanças climáticas. O pontapé inicial, que deu início às COPs, também aconteceu no Brasil com o Rio-92, no ano de 1992, que ainda não levava o nome atual. Agora, o evento chega ao Brasil e será o primeiro na região da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, reconhecida como o pulmão do planeta.
“Ter uma cidade amazônica para ser a sede da COP é uma coisa emblemática, porque a região é considerada como um setor imprescindível, cuja preservação implicará em continuidade da vida sobre a Terra, não só dos humanos, mas de qualquer espécie”, explica Roberto Nalini, Secretário Executivo de Mudanças Climáticas da cidade de São Paulo.
Apesar da conferência estar a cerca de 2.464,72 km da capital paulista, o município estará presente, participando de diversas mesas e apresentando o que tem feito para frear os efeitos do aquecimento global. “É importante que todos os brasileiros tenham consciência de que as mudanças climáticas representam hoje o maior desafio para a humanidade. Uma cidade como São Paulo, que é a maior da América Latina, com uma concentração de quase 13 milhões de habitantes, precisa alertar essa população de que as mudanças climáticas são uma coisa de agora e não daqui a 100 anos, e que cada um pode praticar atitudes para amenizar os efeitos desses fenômenos”, comenta Nalini.
A comitiva que representará o município na COP30 pretende apresentar o que vem dando certo na cidade e que pode ser adotado por outras localidades no Brasil e no mundo, como o PlanClima SP (Plano de Ação Climática) que estabelece medidas para diminuir a emissão de gás carbônico, o plantio de mais de 100 mil árvores somente em 2025, a nova frota de ônibus elétricos que é a maior do país e o uso de biocombustível nos caminhões da coleta de lixo.
“Para alcançar as metas do PlanClima, trabalhamos com três tipos de prazos, sendo curto, médio e longo. É evidente que nós temos de avançar. Mas hoje, temos 86% do PlanClima em andamento e estamos revendo as metas, e escolhendo melhores indicadores para atingir o planejamento”, fala o secretário, que estará presente na COP30 e nos eventos pré-COP que acontecem em São Paulo, como o Summit Agenda SP+Verde, nos dias 4 e 5 de novembro, no Parque Villa-Lobos. O congresso é aberto ao público, com retirada de ingressos gratuitos pelo site Sympla.
Por Giovanna Bicalho
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