São Paulo Cidade Violeira: terceiro ano do festival reúne grandes nomes da música brasileira

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A transmissão será feita pelo canal Sarau das Águas no Youtube, e pelo Facebook do Centro Cultural Santo Amaro


O Festival São Paulo Cidade Violeira, terá a sua terceira edição nessa semana. O evento reunirá grandes nomes artistas em 3 noites de apresentações alternando versões clássicas e modernas da música de viola, tida como um instrumento do povo, e por isso, dos maiores símbolos da cultura brasileira.

O projeto tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura, e da Prefeitura de São Paulo. A produção está a cargo de Mauro Scarpinatti e Márcio Balthazar da equipe da Espaço de Formação Assessoria e Documentação, ONG com sede em Cidade Dutra, que desde a sua fundação, em 1987, atua com educação, cultura, meio ambiente e que também promove toda última sexta-feira do mês o Sarau das Águas.

A primeira edição do São Paulo Cidade Violeira, aconteceu meio que por acaso, em 2019, no Teatro Leopoldo Fróes, do Centro Cultural Santo Amaro. A partir do sucesso do primeiro, o Festival teve uma segunda edição em 2020, totalmente virtual, e nesta semana terá sua terceira edição também à distância, tendo em vista a pandemia da Covid-19. A transmissão será feita pelo canal Sarau das Águas no Youtube, e pelo Facebook do Centro Cultural Santo Amaro.

O São Paulo Cidade Violeira, reunirá nomes do universo da música popular de raiz.

PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira 24/11

Na primeira noite tem Vidal França, cantor, compositor, maestro, arranjador, um baiano universal que mesmo com 60 anos de carreira segue fiel ao seu compromisso com a autêntica música popular brasileira, que relata em ritmos populares a vida do povo, incluindo as suas próprias experiências.

Também tem Vanderil, um violeiro que gosta de interpretar canções históricas que fazem parte da nossa cultura, e Antônio Dias, que se inspira na tradicional viola de Minas Gerais.

Nessa mesma noite, ainda se apresenta Juliana Andrade, nascida em Taboão da Serra, e que entrou na cena da música de viola com o aval da pioneira Violeira Inezita Barroso (1925 – 2015), madrinha artística de Juliana Andrade.

Fecham a noite, a dupla Ivan Lobo e Vitor Cesar, moradores da região de Capela do Socorro, que rodam o Brasil levando em frente a autêntica moda de viola.

Quinta-feira 25/11

Na segunda noite se apresentam a dupla Flávio e Juan, jovens músicos moradores da Zona Sul de São Paulo que costumam se apresentar em bares e na noite de São Paulo e empolgam o público com sua versatilidade para interpretar clássicos e canções autorais.

Cícero Gonçalves, cantor e compositor mineiro de Teófilo Otoni que cresceu no Vale do Jequitinhonha, região onde absorveu a base de sua cultura e aflorou a sua vocação musical. Atualmente residente em São Paulo, Cícero que segue pesquisando e adaptando vários clássicos do cancioneiro popular brasileiro.

Tem também, o duo André Moraes e César Petená surgido em 2015 durante os ensaios da Orquestra Filarmônica de Violas. Em suas apresentações, com muita competência, exploram a diversidade de repertório, os instrumentistas buscam também a utilização de diferentes afinações e instrumentos, como a viola de cocho e a viola dinâmica, a fim de proporcionar ao ouvinte um contato próximo com toda essa riqueza de timbres, ritmos e cores presentes no universo da viola.

A programação da segunda noite conta também com a premiadíssima Alzira E. cantora e compositora, nascida Alzira Espíndola, numa família de artistas Sul Mato-grossenses, adotou o nome artístico de Alzira E desde 1985 está radicada em São Paulo, onde se tornou parceira do inesquecível Itamar Assumpção e uma importante referência na cena musical independente.

A trajetória de Alzira E, envolve também outros grandes artistas como Alice Ruiz, Ney Matogrosso, Arrigo Barnabé, Benjamim Taubkin, Almir Sater, Luhli e Lucina, Anelis Assumpção, Luiz Waack, Renato Teixeira e Tetê Espíndola.

Sexta-feira 26/11

A terceira e última noite contará com a apresentação da dupla Dudu e Rosinha, que costumam trazer alguns clássicos do universo sertanejos e canções autorais.  Também estará presente outra dupla da Zona Sul de São Paulo, Cidão & Marinho composta por um professor de viola e canto, e um dos seus antigos alunos, formando um dueto de extraordinário talento e grande beleza sonora.

Ágna Maria, é uma jovem professora de viola, que se dedica a fomentar e formar novos artistas por meio do ensino da música, tendo como base o repertório das canções sertanejas de raiz e alguns ritmos rurais de diversas regiões do Brasil, forma um duo com Marcelo Lima, cantor, compositor, violonista e violeiro, está sempre as voltas com projetos autorais em que enaltece poética do universo caipira.

Ágna Maria e Marcelo Lima, trazem a sonoridade da viola caipira e do violão sete cordas harmonizadas, passeiam por clássicos do sertanejo raiz, pagodes, cururus, guarânias, harmonizando esses ritmos com outros do universo da música brasileira, como o forró, coco, xaxado e a MPB.

E tem também Wilson Dias, cantor, compositor e violeiro nascido no norte de Minas Gerais, um artista que vem direcionando sua carreira para o encontro entre a tradição e o urbano com um viés especial para a cultura popular brasileira. Sensível e atento às coisas da terra e da vida, Wilson Dias conta que “certa vez, quando eu ainda era criança, fiquei observando um pequeno bicho que carregava uma carga imensa em suas costas”. Eu quis tocá-lo, mas meu pai me interrompeu dizendo para ter muito cuidado, pois se tratava do “bichinho da fartura”, anunciando tempo bom e colheita abundante para aquele ano. Pois bem, se eu pudesse soprar no ouvido de cada filho dessa pátria, eu diria que a cultura popular é exatamente esse bichinho. Ela é a locomotiva que conduz o trem da vida. Está presente em tudo. Canto, dança, crença, fala, livros, cores, soluções para os problemas. É passado e presente apontando o futuro. Propõe que nos encontremos e nos reconheçamos uns nos outros, afirmando a nossa história de gesto e rastro. Através dela, cantamos e contamos nossa aldeia na esperança de, ao menos, tangenciar essa misteriosa construção chamada ser humano. Viva o povo brasileiro!” Este é Wilson Dias, cantor, compositor e violeiro que canta com alegria e compromisso a terra, a arte e, a cultura e alma de sua gente. E seu canto é legítimo e forte porque tem suas raízes fincadas no mesmo chão onde vive e canta o seu povo.

O também mineiro, Ivan Vilela, chamado de mestre da viola, é compositor, arranjador, pesquisador, mestre em composição musical e professor de viola na Escola de Comunicações e Artes da USP.  É idealizador da ONG Núcleo da Cultura Caipira. Desde 1996 faz apresentações no exterior, tendo tocado em países como França, Portugal, Itália, Inglaterra e Espanha. Lançou o CD “Dez Cordas, em que destaca a técnica que utiliza para tocar e a sonoridade extraída da viola. No repertório, clássicos da música brasileira e internacional, com arranjos inéditos.

Se você gosta de diversidade e boa música acompanhe o Expressões Sonoras da Zona Sul 2021, está imperdível. Veja a programação:

Transmissão

Canal do YouTube Sarau das Águas@saraudaságuas

Facebook Centro Cultural Santo Amaro@ccsantoamaro

24 de novembro – Quarta-feira

Juliana Andrade

Vanderil

Antonio Dias

Ivan Lobo e Vitor Cesar

Vidal França

25 de novembro – Quinta-feira

André Moraes e Cesar Petená

Flavio e Juan

Alzira E

Cicero Gonçalves

26 de novembro – Sexta-feira

Wilson Dias

Cidão e Marinho

Agna Maria e Marcelo Lima

Dudu e Rosinha

Ivan Vilela & Convidados

Flávio e Juan
Wilson Dias
Ivan Vilela
Juliana Andrade
Vidal França

SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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