Ricardo Bittar aposta na educação ambiental para transformar o Campo Limpo

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Ricardo Bittar na subprefeitura. Crédito: Antônio Rufino

Subprefeito da região do Campo Limpo defende diálogo e ações sustentáveis para enfrentar o descarte irregular de lixo

Na série de entrevistas especiais com os subprefeitos da Zona Sul de São Paulo, promovida pelo Grupo Sul News e pela Revista Ideias da Sul, o foco desta edição é Ricardo Bittar, atual subprefeito do Campo Limpo. Com sólida formação técnica e longa experiência em engenharia e administração, Bittar assume o desafio de gerir uma das regiões mais populosas e complexas da capital com foco em eficiência e proximidade com a população.

Nascido em São Paulo, Ricardo Bittar tem 66 anos, é casado e formado em engenharia civil desde 1979, com graduação também em administração, concluída em 1983. Começou sua trajetória profissional na AES Eletropaulo, onde atuou como gerente de negócios e foi responsável por projetos de grande porte, como a estruturação do edifício JK, na Marginal Pinheiros. Na área pública, foi coordenador do CPO (Coordenadoria de Projetos e Obras) da própria Subprefeitura do Campo Limpo, onde lidou diretamente com zeladoria, obras em áreas de risco, drenagem e melhorias viárias.

A Subprefeitura do Campo Limpo abrange os distritos de Campo Limpo, Capão Redondo e Vila Andrade, totalizando uma área de cerca de 36,6 km² e uma população estimada em 700 mil habitantes. Hoje, um dos grandes desafios da região é o descarte irregular de lixo e o subprefeito afirma que para mudar esse cenário, é preciso trabalhar a educação ambiental.

“Há 20 anos, quando fui coordenador de obras aqui, já dizia em palestras: ‘Nossa região tem tudo para ser boa, mas vocês não colaboram’. E, infelizmente, continua igual. Estamos limpando um córrego e a pessoa joga lixo na hora. Quando questionei, ouvi: ‘Vocês estão aqui pra isso’. É desanimador, mas seguimos tentando mudar essa mentalidade”, desabafa.

Para tentar conscientizar a população, Bittar e sua equipe lançaram campanhas educativas como o uso da camiseta com o lema “Na paz, sou mais Campo Limpo”, que promove o engajamento dos moradores com ações sustentáveis, como plantio de árvores, respeito ao calendário do Cata-Bagulho e cuidado com espaços públicos.

Bittar também reconhece que apenas a punição não resolve e defende o diálogo como principal caminho para transformar a realidade local. Ele aposta na educação ambiental desde os primeiros anos escolares como base para formar uma nova geração consciente. “É um problema de cultura. Precisamos começar lá na escola, ensinar desde cedo o valor do espaço público e o impacto do lixo jogado na rua”, finaliza.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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