Queimadura causa 14 mil internações no SUS de crianças e adolescentes

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Foto: Freepik

A média é 20 hospitalizações diárias, mostra pesquisa da SBP.

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revela que nos últimos dois anos, foram registradas em torno de 14 mil hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) de crianças e adolescentes devido a acidentes com queimaduras. Em média, o SUS registra cerca de 20 hospitalizações diárias por queimaduras na faixa etária de zero a 19 anos. O levantamento abrangeu somente os casos graves.

A sondagem aponta que crianças de 1 a 4 anos de idade são as maiores vítimas, totalizando 6,4 mil internações, em 2022 e 2023.

Em relação a óbitos por queimaduras, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde aponta que no período mais recente disponível, correspondente aos anos de 2022 e 2021, cerca de 700 crianças e adolescentes foram vítimas desse tipo de acidente.

As queimaduras costumam acontecer em crianças pequenas, como consequência do descuido dos adultos, destacou o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino.

Embora o perigo das queimaduras ocorra durante todo o ano, a presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, destacou que a atenção deve ser redobrada durante os festejos juninos.

Em entrevista à Agência Brasil, Pfeiffer conta “a gente fala que até o quarto ano de vida, 80% das queimaduras acontecem dentro da cozinha”.

Segundo a médica, uma precaução é colocar um portão na cozinha. “A queimadura no forno de palma de mão é horrorosa, dá sequelas para toda a vida, a criança não tem desenvolvimento motor para tirar a mão, primeiro porque ela gruda e, depois, ainda não tem atividade motora para ficar de pé e sair correndo. Ela fica ali, queimando a mão”, destacou.

Luci Pfeiffer alertou que durante os festejos juninos, ocorre uma desproteção ainda maior. Lembrou que em várias cidades ainda são vendidos fogos de artifício em ruas e estradas para pessoas de qualquer idade. “O dano do fogo de artifício não é só a queimadura, mas o risco de estourar para trás, provocando a perda da mão”. A pediatra deixou claro que fogos de artifício não são brinquedos e não devem ser manuseados por crianças e adolescentes.

Com informações de Agência Brasil


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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