Qualidade do ar alcança níveis críticos em São Paulo

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Créditos: Freepik

Outras localidades podem estar em piores condições, porém faltam informações públicas oficiais, ressalta IEMA

O boletim diário da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) revelou que todas as estações de monitoramento da qualidade do ar na cidade de São Paulo foram classificadas como “ruim” ou “muito ruim”, na segunda-feira (9). Entre as mais de 60 estações automáticas do estado, apenas quatro apresentaram uma qualidade do ar considerada “boa”.

Outras cidades brasileiras também estão enfrentando crises de qualidade do ar neste mês de setembro, com condições igualmente alarmantes. Um histórico com dados de todas as estações brasileiras pode ser acompanhado na Plataforma da Qualidade do Ar, criada pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). O site reúne e padroniza os dados do monitoramento da qualidade do ar gerados pelo poder público, fornecendo informações que integram a base de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre 2010 e 2019, foram disponibilizados registros de 82 localidades.

Nas regiões metropolitanas brasileiras, o trânsito e as atividades industriais costumam ser as principais fontes de emissões de poluentes do ar. No entanto, cada vez mais as queimadas estão impactando a vida de grande parte da população do país tanto no interior quanto nas cidades. “O transporte da poluição do ar que estamos vendo pelo país mostra a necessidade de uma gestão nacional integrada da qualidade do ar. Consolidar a Rede Básica de Monitoramento é o primeiro passo”, David Tsai, gerente de projetos do IEMA.

Para reduzir o lançamento de poluentes do ar, é fundamental que haja um esforço coordenado para combater as queimadas, diminuir as emissões do setor de transporte e intensificar a fiscalização sobre a poluição industrial. A falta de planejamento estratégico e a padronização inadequada dos dados de monitoramento também agravam esse cenário, dificultando a publicação de informações e a elaboração de relatórios consistentes.

Vale ressaltar que, apesar da poluição do ar agora ser visível, o Brasil ainda carece de uma rede nacional de monitoramento abrangente e um sistema completo de informações sobre a qualidade do ar. Apenas 13 dos 26 estados contam com estações automáticas de qualidade do ar, equipamentos fundamentais para a avaliação da poluição, mostra a Plataforma da Qualidade do Ar do IEMA. Sem elas, é difícil avaliar a gravidade da poluição.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br 

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