Projeto propõe tratamento estética para mulheres vítimas de violência

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Projeto visa recuperar danos físicos e trazer mais autoestima e apagar as marcas da violência

Segundo dados do boletim “Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver”, da Rede de Observatórios da Segurança, no ano passado foram registrados 3.181 casos de violência contra a mulher. A pesquisa mostra que a cada 24 horas, oito mulheres sofrem com crimes como agressões, torturas, ameaças e ofensas, assédio ou feminicídio, um aumento de 22% em relação ao ano de 2022. Estatísticas revelam que as agressões ocorrem mais na face e que o agressor prefere atingir olhos e dentes para ferir a autoestima da vítima.

Membro da CPI da Comissão da Violência e Assédio Sexual Contra Mulheres, a vereadora apresentou o Projeto de Lei de Enfrentamento ao Feminicídio, que já passou em primeira votação, e agora cria o Programa de Apoio e Reabilitação Estética para Mulheres Vítimas de Violência.

Segundo a Janaina, o objetivo é oferecer acesso mais rápido e assistência especializada para a recuperação estética e funcional de mulheres que sofreram danos estéticos decorrentes de violência, com foco especial na harmonização orofacial, o que não é oferecido pela rede de saúde pública.

A mandatária tomou a iniciativa assim que chegou ao seu conhecimento casos como da Rose (nome fictício) de 42 anos que foi vítima de violência sexual e perdeu oito dentes devido à agressão. Ela conta que o mais doloroso era não poder sorrir mesmo anos após o ataque. E com Laura (nome fictício) 36 anos que só conseguiu o tratamento em uma faculdade de cirurgia plástica após apelar para o fato de que não suportava mais carregar a lembrança de uma cicatriz no nariz.

O projeto da vereadora prevê devolver às mulheres a autoestima e o poder de sociabilizar novamente sem constrangimentos, através de uma bolsa direcionada a tratamentos estéticos, a instalação de um fundo para as instituições de ensino e clínicas de estética, apoio e desconto de incentivo fiscal a empresas do setor que apoiem a iniciativa, cadastradas para atendimento às vítimas de agressões.

Como declarou Janaina, o objetivo é a aplicação do atendimento em três fases distintas: Fase imediata: desde o início agindo de forma preventiva na cicatrização, minimizando marcas (ozônioterapia) e potencializando cicatrizações. Fase intermediaria: tratamento dos sinais já estabelecidos para suavização de marcas e cicatrizes e na fase final com reconstituição de elementos dentais que tenham sido atingidos.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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