Pró-Vítima capacita servidores municipais de São Paulo para acolhimento de mulheres vítimas de violência

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Atividade fez parte do calendário do “Tem Saída”, programa colocado em prática pela Prefeitura em parceria com Ministério Público, Defensoria Pública do Estado, Tribunal de Justiça e OAB

A presidente do Instituto Brasileiro de Atenção e Proteção Integral a Vítimas (Pró-Vítima), a promotora de Justiça (MP-SP) Celeste Leite dos Santos, ministrou palestra para servidores públicos municipais da Prefeitura de São Paulo sobre o acolhimento a mulheres vítimas de violência. A atividade fez parte do calendário de ações do “Tem Saída” – programa do Poder Executivo que oferece suporte a mulheres que enfrentam situações de violência doméstica e familiar na capital.

Com o tema “Política Judiciária de Atenção e Apoio a Vítimas de Crimes”, o evento foi realizado em 29/8 (quinta-feira), no Paço Municipal, Viaduto do Chá, 15 – Anhangabaú.

Celeste falou, na oportunidade, aos técnicos da Secretaria de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de São Paulo sobre a importância da conscientização no combate à violência contra a mulher, além de tratar de questões específicas da área jurídica para o apoio às vítimas.

A presidente do Pró-Vítima também explanou sobre políticas públicas que potencializam o cumprimento de protocolo adequado no atendimento às mulheres agredidas.

Entre os principais questionamentos por parte dos servidores municipais, destaque para a violência processual – quando a vítima é desmotivada a ingressar com uma denúncia contra o agressor na Justiça por força dos custos que envolvem a ação, “Este tema, inclusive, foi um pedido de abordagem dos próprios servidores municipais de São Paulo. Ocorre que, ao sofrer um abuso, hoje, a vítima precisa assumir as custas da denúncia contra o agressor. Tudo isso, num cenário onde ela já está fragilizada, não é independente financeiramente, ou não tem reserva para bancar uma ação, e, muitas vezes, não conta com uma rede de apoio e de acolhimento”.

Celeste, que atua no Ministério Público (MP) de São Paulo há mais de 20 anos, ressaltou, por outro lado, que, diante da impossibilidade de a vítima custear um processo contra seu agressor, é preciso encontrar um caminho, via a Defensoria Pública, por exemplo.

Travado no Congresso Nacional desde maio de 2023, o Estatuto da Vítima garante a mulheres e a outras vítimas vulneráveis, como crianças e pessoas com deficiência, amparo institucional previsto em lei.

Celeste Leite dos Santos durante palestra

SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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