Prefeitura e Estado não investem dinheiro previsto para combate a enchentes de verão

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Governo do Estado usou apenas 60% do previsto e Prefeitura apenas 48%. Falta de investimento gera transtornos na cidade nos dias de alagamentos


Neste mês de janeiro, quando as chuvas de verão ficam tão intensas a ponto de causar enchentes e alagamentos por toda a cidade, medidas eficientes de combate fazem falta na vida de muita gente que mora em áreas de deslizamento ou inundação.

Dos R$ 364 milhões que o Estado tinha, em 2019, para combater enchentes, foram gastos apenas 60%, ou seja, R$ 220 milhões. O restante do dinheiro foi redistribuído para outras áreas da administração estadual.

Na capital paulista aconteceu o mesmo, mas com menos esforço: a Prefeitura tinha R$ 973 milhões e usou apenas R$ 474 milhões, ou seja, 48% do previsto, de acordo com a Base de Dados de Execução Orçamentária do Município de São Paulo.

Segundo o Plano de Chuvas de Verão 2019/2020, até o fim do ano, cinco novos piscinões, um deles na Zona Sul, vão funcionar para reduzir as áreas de alagamento na cidade. “Além dos cinco novos piscinões, da limpeza de córregos, galerias e demais áreas sujeitas às inundações, estamos refazendo o mapa de risco de São Paulo. Contratamos novos geólogos e metade do mapa de 2010 foi reestruturado, com apontamentos para a Defesa Civil, onde há áreas de deslizamento. Também estamos ampliando a quantidade de alertas para a população: teremos alertas nas estradas; nos relógios da cidade, graças à uma parceria com o Governo do Estado; e o aplicativo São Paulo + segura”, explicou o prefeito Bruno Covas.

Confira dicas do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura para casos de alagamentos:

  • preparar prateleiras ou lugares altos, em casa, para guardar objetos de maior valor;
  • evitar buracos em telhados e calhas;
  • não jogar lixo nas ruas, em encostas, córregos, margens de rios ou áreas verdes;
  • evitar transitar em áreas alagadas;
  • manter-se longe da rede elétrica.

A Prefeitura informou que “executou diversos trabalhos e programas no ano passado para reduzir as áreas de alagamento na cidade” e “investiu R$ 681,6 milhões em ações que englobam serviços como limpeza de córregos, microdrenagem, limpeza e construção de piscinões e conservação de galerias”.

Já o Governo do Estado informou que “o orçamento de 2019 foi elaborado pela gestão anterior. O valor orçado não significa que está disponível para investimento, uma vez que não prevê frustração de receitas e subestima despesas de custeio”.


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