Moradia popular, investimentos em mobilidade e criação de distrito de inovação são intervenções previstas para a região em torno do Pinheiros
A lei da Área de Intervenção Urbana (AIU) do Arco Pinheiros foi sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes, com diversas ações para o desenvolvimento urbanístico e social dos distritos do Butantã, Lapa, Jaguaré e Vila Leopoldina. Trata-se de mais um passo para transformar o entorno do Rio Pinheiros, em um espaço mais inclusivo, conectado e inovador. Após a sanção, a Prefeitura trabalha agora na elaboração do decreto regulamentador da lei.
O Arco Pinheiros abrange cerca de 15 milhões de m², sendo uma área estratégica que conecta municípios da região metropolitana de São Paulo. Localizado no encontro dos rios Pinheiros e Tietê, o território é servido por rodovias, como Anhanguera/Bandeirantes, Presidente Castelo Branco e Raposo Tavares, e abriga instituições relevantes como a CEAGESP, a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP).
Com aproximadamente metade de seu território composto por terras subutilizadas, muitas delas antigas áreas industriais, o plano urbanístico estabelece diretrizes para transformar a região. Entre as premissas estão o adensamento populacional e construtivo, especialmente para atendimento da população mais vulnerável, o fomento à mobilidade e o incentivo à produção tecnológica. A expectativa é elevar a população local de 46 mil para 116 mil pessoas nos próximos 30 anos.
Um dos pilares da AIU do Arco Pinheiros é moradia popular. Atualmente, cerca de 12.500 famílias vivem em condições precárias na região, e pelo menos 35% dos recursos arrecadados pelo plano urbanístico serão destinados à construção de Habitação de Interesse Social (HIS), urbanização e regularização fundiária. O objetivo é atender com moradia digna a população que já vive no local.
O plano urbanístico também busca melhorar a acessibilidade e mobilidade da região, com foco no transporte coletivo e não motorizado. Neste sentido, são previstas a construção de pontes sobre o Rio Pinheiros, corredores de ônibus, ciclovias, ciclopassarelas e abertura de vias.
Além disso, são destaques as ações ambientais, como obras de drenagem para controle de alagamentos, e a preservação de Áreas de Preservação Permanente (APP) ao longo dos rios. Também serão criados parques, praças e bulevares arborizados, oferecendo novas opções de lazer e convivência para pedestres.
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