Informação foi dada durante visita ao Hub Anti-Desperdício; metrópoles têm se destacado em projetos de combate à fome e de segurança alimentar
O prefeito Ricardo Nunes anunciou na segunda-feira (23), durante viagem oficial a Milão, na Itália, que inaugura em julho o primeiro Armazém Solidário da Zona Sul e o 7º da cidade, em M’Boi Mirim. O anúncio foi feito durante a visita do prefeito ao Hub Anti-Desperdício, para troca de experiências sobre as políticas alimentares entre as duas cidades.
“É um projeto bem bacana aqui em Milão e a gente também vai ampliando o nosso trabalho social em São Paulo. Só para vocês terem ideia, a gente distribui na cidade de São Paulo 3 milhões de refeições por dia”, disse o prefeito, logo após a visita ao hub. “Além das 7 mil refeições básicas distribuídas por dia, temos um trabalho de segurança alimentar gigantesco”, disse o prefeito.
Milão, referência internacional no combate ao desperdício e na promoção de sistemas alimentares sustentáveis, conta com o hub para atuar na redistribuição de excedentes alimentares a populações vulneráveis, integrando ações do Pacto de Política Alimentar Urbana de Milão (MUFPP). A delegação da cidade de São Paulo conheceu as metodologias de coleta, triagem e destinação dos alimentos, além dos arranjos institucionais que viabilizam sua operação, com participação ativa de governo, organizações sociais e setor privado.
Ambas as cidades são signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana (MUFPP) desde 2015, uma iniciativa internacional que reúne mais de 250 cidades para criar sistemas alimentares mais justos, sustentáveis e resilientes. Nesse contexto, São Paulo tem se destacado em projetos de combate à fome e segurança alimentar, participando ativamente do Prêmio do Pacto de Milão.
Armazém Solidário
O Armazém Solidário é um mercado que vende produtos com valores em média 30% menores do que os praticados no comércio em geral a pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastradas no CadÚnico. Incentiva hábitos mais saudáveis com a oferta de alimentos naturais, orgânicos e minimamente processados, a preço de custo e até mesmo subsidiado, caso o preço de custo supere o de produtos convencionais. Não há venda de ultraprocessados, refrigerantes e bebidas alcóolicas.
Nele, os produtos são vendidos, em média, até 30% mais baratos, podendo chegar até 50% do valor, viabilizando uma compra com maior número de alimentos para a população. A ideia da implementação do programa veio do prefeito Ricardo Nunes.
Atualmente, o programa também conta com a banca de doações de produtos recebidos no Banco de Alimentos. A cada compra, o beneficiário pode escolher um dos produtos doados, podendo ser açúcar, farinha, arroz, leite em pó ou ração para animais.
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