População em situação de rua na capital paulista subiu 31% desde o início da pandemia

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População saltou de 24.344 em 2019, para 31.884 moradores de rua; Aumento de 7.540 é maior que toda a população de rua da cidade do Rio de Janeiro


A Prefeitura de São Paulo divulgou o primeiro Censo da População em Situação de Rua, após o início da pandemia da Covid-19. O levantamento feito pela empresa Qualitest Ciência e Tecnologia LTDA consta um aumento de 31% no número de pessoas em situação de rua na cidade, entre 2019 e 2021.

Em 2019 havia 24.344 pessoas morando nas ruas da capital, no final de 2021, foram identificadas 31.884 pessoas. O crescimento de 7.540 novas pessoas nas ruas é maior que o número total de moradores de rua no município do Rio de Janeiro em 2020, com 7.272 pessoas.

O número de moradores de rua na capital é maior do que o número total de habitantes em 79,6% dos municípios de todo o Estado de SP, em 449, dos 645 municípios, possuem menos de 31 mil habitantes.

Os dados também apontam que o maior crescimento foi nas regiões de administrações das Subprefeituras da Mooca, crescendo 170%, passando de 1.419 pessoas em 2019, para 2.254; e na região da Subprefeitura da Sé, aumentando em mais 973 pessoas rodeando o centro.

Por aqui na Zona Sul, as regiões do Ipiranga, Vila Mariana, Jabaquara e M’Boi Mirim registraram aumento superior a 100% no número da população de moradores de ruas.

As pessoas cadastradas na pesquisa classificadas como “moradias improvisada”, aquelas que vivem em barracas, cresceu 330% em 2021, passando de 2.051 pontos com barracas improvisadas, para 6.778.

O número de mulheres também subiu de 2019, com 14,8% do total sendo mulheres, para 16,8% em 2021. O público LGBTQIAP+ também subiu de 2,7%, em 2019, para 3,1%.

Se tratando de origem de nascimento, 96,44% são brasileiros e 3,56% estrangeiros. Do total, 38,2% são naturais da capital paulista, 19,86% de cidades do Estado e 40,94% naturais de outros Estados. Dentre os brasileiros, se destacam pessoas vindas da Bahia (8,47%), Minas Gerais (5,44%) e Pernambuco (5,28%). O motivo principal pela vinda a São Paulo é a procura por emprego.

Sobre educação, 93,5% da população frequentou a escola, 92,9% sabem ler e escrever; 4,2% possuem diploma de ensino superior; 21,4% concluiu o Ensino Médio e 15,3% terminaram o ensino fundamental.

Os principais motivos por estarem vivendo das ruas são: Conflitos Familiares (34,7%), dependência de álcool e drogas (29,5%) e perda de trabalho/renda (28,4%).


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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