Como tem acontecido nas inúmeras festas clandestinas nesse período de pandemia, a maioria das pessoas reunidas na festa do Grajaú não estavam de máscara e nem mantinham o distanciamento social. Para piorar, o local não tinha ventilação. Em Moema, a Polícia também fechou um bingo que reunia 65 jogadores, a maioria idosos
Na madrugada do último sábado (4), o Comitê de Blitze do Governo de São Paulo interrompeu uma festa clandestina que reunia cerca de 130 pessoas no Grajaú, extremo leste da Zona Sul.
Como tem acontecido nas inúmeras festas clandestinas nesse período de pandemia, a maioria das pessoas reunidas na festa do Grajaú não estavam de máscara e nem mantinham o distanciamento social. Para piorar, o local não tinha ventilação.
A Vigilância Sanitária e o Procon autuaram o estabelecimento e o responsável pelo local, assim como as testemunhas, que foram encaminhadas para o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC). Uma das testemunhas, inclusive, foi preso devido a um mandado de prisão expedido pela 3ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de Santo Amaro por não pagar pensão alimentícia.
Na noite anterior, no sábado (3), a Polícia fechou um bingo em Moema, na Avenida Jurucê, que reunia 65 jogadores, a maioria idosos.
“Os agentes se deslocaram até o imóvel, no bairro de Moema, e viram que se tratava, aparentemente, de um galpão, cuja atividade clandestina funcionava nos fundos. Foram encontradas cerca de 103 máquinas caça-níquel, todas ligadas. Os policiais também apreenderam diversas documentações, com os registros dos funcionários e dos jogadores, bem como as movimentações financeiras dos jogos, além de uma CPU e R$ 220. De acordo com o relato de algumas pessoas, os funcionários da casa tiraram o dinheiro de todas as máquinas, antes dos policiais entrarem. Eles também tentaram se camuflar entre os jogadores, contudo sem sucesso”, informou a Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com o Governo de São Paulo, “entre a noite de sábado (3) e manhã de domingo (4), a Polícia Militar atuou de forma preventiva na capital, litoral e interior em 55 ações de apoio à Vigilância Sanitária e 3.800 dispersões, flagrando mais de mil pontos de aglomeração em todo o Estado. Mais de 42 mil veículos foram vistoriados e 88 pessoas foram presas, sendo que 61 eram procuradas pela Justiça”.
PANDEMIA
Segundo o Governo estadual, São Paulo encerrou o mês de março com o recorde de óbitos e casos por Covid-19 registrados no mês, em toda a pandemia. Entre os dias 1º e 31, foram 15.159 novas mortes e 428.221 casos.
Para o mês de abril, na capital paulista, o secretário municipal de Saúde prevê que o mês de abril será ainda pior, numa escalada de mortes acelerada.
“Nossos técnicos avaliam um mês de abril ainda pior”, disse Edson Aparecido. “São taxas altíssimas [nos leitos] e temos que fazer com que a gente consiga segurar a transmissibilidade na cidade”, explicou.
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