Cerca de 10,7 toneladas de cocaína foram apreendidas pela Polícia Federal (PF), no primeiro mês de 2020, em todo o Brasil. Isso significa um aumento de 46%, em relação ao mesmo período do ano passado
Na última segunda-feira (2), policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro apreenderam 14 quilos de cocaína no bairro de Moema.
A droga estava escondida dentro de um carro, que era utilizado por uma associação criminosa envolvida com o tráfico. Três pessoas foram presas e indiciados por associação criminosa e tráfico.
Em janeiro deste ano, a apreensão de cocaína cresceu 46%, em relação ao mesmo período do ano passado, em todo o Brasil. Cerca de 10,7 toneladas de cocaína foram apreendidas pela Polícia Federal (PF), no primeiro mês de 2020, sendo que, em 2019, foram 7,3 toneladas. Em 2018, o número de apreensões foi bem menor: 1,9 tonelada, 18% do volume deste ano.
Os números indicam as apreensões feitas pela Polícia Federal em aeroportos, portos ou em operações especiais. Nos 12 meses de 2019, cerca de 104,5 quilos da droga foram receptados pela PF, no país: 32% a mais do que em 2018.
Em outubro do ano passado, o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC), de São Paulo, fez a maior apreensão de sua história: mais de duas toneladas de cocaína foram encontradas em uma propriedade rural na cidade de Nazaré Paulista, a 67 km da capital.
Segundo a Polícia, essas duas toneladas seriam propriedade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e podem valer R$ 20 milhões.
Outro produto comumente contrabandeado é o cigarro, que detém 57% do mercado de tabaco no Brasil. Além da procedência suspeita, o contrabando de cigarros afeta a geração de empregos: segundo uma pesquisa da consultoria Oxford Economics, a indústria legal deixou de gerar 27 mil empregos diretos e indiretos no ano passado.
A pesquisa revela que o Brasil detém o segundo lugar no ranking dos países que mais consomem cigarros ilícitos e que o país perdeu R$ 62,4 bilhões em receitas fiscais, a partir de 2009, por causa da sonegação de impostos.
“Nota-se que desde 2011, quando houve o aumento da tributação, o consumo total não caiu, o que caiu foi a adesão às marcas legais e o volume maior de ilegais chegando ao mercado”, disse Marcos Casarin, economista da Oxford Economics.
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