O diabetes é uma doença crônica de alta incidência que acomete crianças, adolescentes, adultos e gestantes. A enfermidade faz com que o corpo humano não produza insulina (hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue) suficiente ou a quantidade produzida seja insuficiente. Entre as diversas consequências do diabetes não controlado está o pé diabético ou neuropatia diabética periférica, complicação que afeta os nervos das extremidades corpo.
O pé diabético surge quando a oscilação de glicemia, provocada pela diabetes, faz com que a sensibilidade dos pés – principalmente nas plantas – seja reduzida. O resultado desse processo de adormecimento é o aparecimento de machucados que se agravam e podem levar à amputação do membro. Na maioria das vezes, por conta da insensibilidade do local, a pessoa que sofre com o pé diabético não percebe o surgimento dos ferimentos.
A consequência é que todos os anos milhares de pessoas precisam passar pela amputação de membros inferiores (em 2021 foram registrados ao todo 29.142 procedimentos com essa finalidade no país, de acordo com o sistema Datasus, do Ministério da Saúde), muitas vezes em decorrência de complicações do diabetes. Dados como este evidenciam a importância de manter a doença sob controle para evitar complicações.
Atenção é essencial
No caso específico do pé diabético, são várias as recomendações:
- Evitar andar descalço, para estar menos sujeito a cortes, machucados e ferimentos nos pés;
- Usar calçados confortáveis e, no caso de sandálias, é importante que não tenham tiras entre os dedos;
- Hidratar os pés para evitar fissuras;
- Enxugar bem entre os dedos e após banho, praia ou piscina;
- Ao cortar as unhas, tomar cuidado para não se machucar, pois caso ocorra, o ferimento pode evoluir e infeccionar;
- Habituar-se a realizar o autoexame, olhando diariamente dedos, calcanhar, peito e planta dos pés para verificar se há algum ferimento.
Prevenção e tratamento
Por se tratar de uma doença que não tem cura, o diagnóstico precoce do diabetes é importante e garante a qualidade de vida do paciente. Um simples exame de sangue, realizado pela rede municipal de saúde, é capaz de identificar os níveis glicêmicos de uma pessoa. Caso a análise confirme algum desequilíbrio, o médico pode solicitar novos exames e encaminhar o paciente para acompanhamento, que inclui uma equipe multidisciplinar.
Por meio do Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), a rede municipal da capital oferece a 125 mil pacientes diabéticos insulinodependentes insumos como tiras, lancetas e seringas, bem como canetas de aplicação de fácil manuseio, que hoje representam 70% da insulina distribuída aos pacientes.
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