Exercícios promovem impacto significativo na qualidade de vida das pacientes oncológicas
A atividade física é fundamental para mulheres com câncer de mama, tanto durante o tratamento quanto na recuperação e na prevenção de recidivas. Após a mastectomia, os procedimentos devem ser cuidadosamente selecionados para ajudar na recuperação, restaurar a mobilidade dos ombros, aliviar a tensão muscular e prevenir complicações como linfedema.
Segundo a fisioterapeuta e professora da Pure Pilates, Josi Araújo, o Pilates, por trabalhar com ênfase na respiração e ativação abdominal, traz movimentos suaves e controlados, o que favorece muito um ótimo benefício para esse tipo de reabilitação. O método traz uma personalização de aula trabalhando a necessidade específica de cada fase da recuperação.
Durante a recuperação, é importante adaptar os procedimentos às condições específicas de cada paciente. O ritmo deve ser gradual, respeitando a cicatrização e possíveis efeitos de tratamentos complementares, como radioterapia ou quimioterapia. “Antes de iniciar qualquer atividade física, é essencial receber uma liberação médica e seguir as orientações. Além disso, a recuperação emocional é parte integrante desse processo. Exercícios suaves ajudam a restaurar a confiança no corpo, melhorar a postura e aliviar a tensão emocional. A presença de uma rede de apoio e orientação especializada faz toda a diferença nesse momento delicado”, explica a fisioterapeuta.
“A prática regular de Pilates tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes com câncer, tanto no aspecto físico quanto emocional. Ele trabalha o corpo de forma global, promovendo fortalecimento muscular, flexibilidade, equilíbrio e melhoria da postura. Trabalhamos de forma direcionada o fortalecimento muscular, pois sabemos que o câncer e seus tratamentos, como quimioterapia e radioterapia, podem causar fraqueza muscular e fadiga severa”, completa.
Embora o Pilates seja uma prática segura e benéfica para a maioria dos pacientes oncológicos, existem alguns cuidados que devem ser considerados, como por exemplo, fadiga extrema a qual muitos pacientes com câncer, especialmente aqueles em tratamento com quimioterapia ou radioterapia, podem apresentar. Nesse caso, a intensidade do exercício deve ser ajustada e as sessões devem ser específicas, respeitando os limites do paciente.
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