Este é o mais alto nível de alerta da organização
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta semana que o cenário de mpox no continente africano constitui emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global da doença e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.
De acordo com a organização, surtos da doença são reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e as infecções têm aumentado ao longo dos últimos anos. Em 2024, os casos já superam o total registrado ao longo de todo o ano de 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.
Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, através de objetos e superfícies tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.
O sintoma mais comum da mpox é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.
Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem sozinhos em poucas semanas, mas, em algumas pessoas, o vírus pode provocar complicações e até mesmo a morte. Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm maior risco de sintomas mais graves e de morte pela infecção.
A OMS alerta que, desde que a varíola humana foi erradicada, em 1980, a maioria das doses contra a doença e que também combatem a mpox não está amplamente disponível e não se sabe quando haverá estoque para o público prioritário.
Segundo a Ministra da Saúde, Nísia Trindrade, o Brasil está no nível 1 de emergência da mpox, o que significa que não há registro da nova cepa da doença no país, e afirmou que “não há motivos para alarme, mas sim para alerta”. O Ministério da Saúde do Brasil informou que negocia a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a mpox.
Com informações de Agência Brasil
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