Mulheres devem ficar alertas aos sintomas do câncer para detecção em estágio inicial
Durante a época mais grave da pandemia, com receio da contaminação pelo vírus, muitas pessoas deixaram de realizar o acompanhamento médico de rotina. Agora, com a estabilização de casos, os cuidados começaram a ser retomados. A média mensal de mamografias realizadas no Hcor, por exemplo, cresceu 8,5% de janeiro a agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. Essa mudança comportamental impacta significativamente no prognóstico da doença, pois permite que o tumor seja detectado ainda em estágio inicial.
Considerado o mais incidente, o câncer de mama acomete cerca de 2,3 milhões de mulheres ao redor do mundo todos os anos e é também a causa mais frequente de morte nessa população, chegando a quase 700 mil óbitos anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Somente no Brasil, são mais de 66 mil novos casos e 18 mil mortes anualmente.
“O câncer de mama pode ser descoberto em estágios iniciais a partir da presença de nódulos, alterações nos mamilos ou até mesmo quando a pele da mama se mostra avermelhada, ressecada ou retraída. Por isso, a recomendação é a realização dos exames de mamografia de rastreamento a partir de qualquer um desses sinais”, explica a Dra. Michelle Samora, oncologista do Hcor.
A mamografia é uma radiografia capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpável qualquer alteração nas mamas. Ao ser detectada pela imagem, é preciso realizar a confirmação por meio de biópsia.
Os tratamentos disponíveis hoje para o câncer de mama são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou terapia biológica (também conhecida como imunoterapia). Em casos de metástase (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), a radioterapia fracionada pode ser utilizada. A técnica não invasiva consiste na alta prescrição de radiação em um volume alvo bem definido.
Para prevenção: “O primeiro passo é sempre fazer exames regularmente. É importante conversar com o médico para definir a avaliação de risco e definir a conduta a ser adotada. Além disso, é necessário praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas”, finaliza a Dra. Michelle.
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