Jovem morto por policiais no Morro do Piolho recebe homenagem em grafite no local

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Testemunhas alegam que Gabriel estava desarmado e com uma marmita na mão antes dos disparos


O artista Plínio Junior prestou uma homenagem ao fazer um grafite com o rosto de Gabriel Augusto Hoytil Araújo, 19 anos, em um muro em frente ao local em que foi morto por policiais, no Morro do Piolho, zona Sul, junto a protestos, organizado pela Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio e pelos Mochileiros de Cristo. Gabriel foi morto com 3 disparos de policiais, enquanto havia uma operação de combate ao tráfico de drogas na região.

Segundo a polícia, a morte foi considerada homicídio simples em decorrência de intervenção policial, junto ao tráfico de entorpecentes, Gabriel estava portando uma arma de brinquedo, junto a uma munição de arma. Além disso, foi encontrado com ele 58 embalagens, 4 tubos e 209 supositórios de cocaína; 81 papelotes e uma embalagem de maconha; e 146 papelotes de crack, junto a uma bolsa e R$128,25. Os policiais tentaram abordá-lo, mas sacou uma pistola preta, onde os policiais reagiram e atiraram contra Gabriel. A polícia também diz que Gabriel já tinha passagem pela polícia por infrações de quando era adolescente.

Mas testemunhas relataram ver Gabriel desarmado e com uma marmita na mão, e mesmo assim recebeu dois disparos por policiais, que impediram da vítima ser socorrida. Para familiares, Gabriel não era traficante e estava indo almoçar após vender água para motoristas em um cruzamento próximo ao local do homicídio.

Familiares, amigos e quem ficou indignado com a história parou para fazer um manifesto contra a ação da polícia, na terça-feira (26) foram levados 200 marmitas de isopor com areia vermelha dentro e deixados em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, centro da capital.

O ato, intitulado ‘Era uma marmita – Justiça por Gabriel’ foi um manifesto organizado pelo Rio de Paz, junto aos Mochileiros de Cristo, participaram cerca de 15 pessoas da manifestação, dentre as pessoas, a mãe de Gabriel, Fabiana Hoytil da Silva, 41 anos, passou mal e foi hospitalizada no Hospital das Clínicas para se acalmar e tratar o nervosismo.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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