O Índice Biosampa 2022 divulgado pela Prefeitura de São Paulo revela que a cidade atingiu 70 pontos, a maior pontuação da história do relatório. Nos dois anos anteriores, as notas ficaram em 62 e 64. Com cobertura vegetal ultrapassando 50% do seu território, a atual administração reforça a importância da pauta ambiental na maior metrópole da América Latina.
O relatório, que traz 23 indicadores, está disponível no site Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e também traz indicadores que informam a respeito dos serviços ecossistêmicos e governança.
O quesito Biodiversidade nativa na cidade, o que inclui aumento do número de espécies de pássaros e de borboletas, foi o que apresentou melhor resultado. Segundo o material, em 2022, sete espécies foram registradas pela primeira vez no município. Os dados foram obtidos por meio dos levantamentos da Divisão da Fauna Silvestre (DFS) da SVMA. De 2005 a 2022, é possível notar o aumento quase contínuo do número de espécies nativas registradas ao longo destes anos e o aumento de 8 espécies entre 2021 e 2022.
Em relação às borboletas, os números de espécies nativas houve aumento de 8 espécies entre 2021 e 2022, com grande concentrações no Parque do Ibirapuera, Cidade Tiradentes, Parelheiros, Santana-Tucuruvi, Capela do Socorro, Pirituba-Jaraguá.
Faz parte também do Biosampa a lista de espécies de fauna e flora com ocorrência em São Paulo, organizada por cada área verde da cidade. A planilha com todas essas informações pode ser consultada pelo site da SVMA.
Relatório relevante
Cidades como Lisboa (Portugal), Helsinki (Finlândia) e Edmonton (Canadá) utilizam a metodologia conhecida como Índice de Biodiversidade da Cidade (IBC), adotada pela Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU (CDB-ONU), o que torna possível comparar os dados divulgados por diferentes lugares. O IBC é de extrema importância para a compreensão do estado do meio ambiente e contribui enormemente para o planejamento de estratégias da agenda ambiental.
O Índice Biosampa segue com a inovação utilizada nos relatórios de 2020 e 2021, que consiste em apresentar os resultados em escala intramunicipal, possibilitando a comparação das dinâmicas e indicadores de cada subprefeitura da capital. Os dados foram atualizados por diversos setores da SVMA e todos os indicadores têm o ano de 2022 como referência.
Na primeira parte do levantamento estão as informações referentes ao perfil da cidade com dados relevantes sobre a biodiversidade e proteção das áreas naturais. Já a segunda, traz detalhamentos e observações dos indicadores no que tange os três grupos: biodiversidade nativa; serviços ecossistêmicos providos pela biodiversidade; e governança e gestão da biodiversidade.
O relatório reúne os esforços da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, compromissada com as metas de Aichi, que consistem em objetivos pensados pela ONU para reduzir a perda da biodiversidade em âmbito regional, local e global, bem como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para mitigar os efeitos da mudança climática no planeta.
Proposto inicialmente em 2008 na Conferência das Partes (COP) da CDB-ONU em Bonn, Alemanha, o monitoramento foi adotado definitivamente em 2010 na COP que ocorreu em Nagoia, Japão. Com a população nas cidades crescendo cada vez mais nos últimos anos, o debate sobre a preservação e conservação da biodiversidade urbana vem se tornando evidente nas administrações dos grandes centros, e não foi diferente na maior cidade da América Latina.
O uso efetivo da terra e o gerenciamento de ecossistemas nas áreas urbanas contribuem para a atenuação dos impactos gerados pela mudança climática além de beneficiarem a comunidade local e a biodiversidade que existe na cidade e seus arredores.Confira abaixo a tabela com as notas dos indicadores do Índice Biosampa de 2022 e seu comparativo com os indicadores de edições passadas.
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