Especialista explica como negociar dívidas com inteligência e conseguir descontos
O Brasil registrou em abril de 2025 um novo recorde de inadimplência: 70,29 milhões de brasileiros estão com o nome negativado, segundo levantamento da CNDL e do SPC Brasil. O número representa 42,36% da população adulta e reflete o impacto do alto custo de vida, endividamento das famílias e juros elevados.
A maioria das dívidas está concentrada no setor bancário (66,95%), seguido por contas de água e luz (9,78%) e comércio (9,64%). A faixa etária mais afetada é a de 30 a 39 anos, com mais de 17 milhões de inadimplentes.
Diante desse cenário, Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, empresa especializada em cobrança amigável e jurídica, destaca que é possível renegociar dívidas com condições mais favoráveis, desde que o consumidor adote uma postura proativa e estratégica. “As empresas estão mais abertas a oferecer descontos, prazos estendidos e redução de juros. Mas é essencial que o consumidor se prepare para a negociação e cumpra os acordos firmados”, afirma.
5 passos para negociar dívidas com sucesso
Mapeie suas dívidas:
Liste todas as dívidas, valores, credores e prazos. Essa visão geral ajuda a definir prioridades e estratégias de pagamento.
Avalie sua capacidade de pagamento:
Analise sua renda e despesas para determinar quanto pode destinar ao pagamento das dívidas, evitando comprometer o orçamento.
Entre em contato com os credores:
Procure os credores para negociar condições que se adequem à sua realidade financeira. Muitas empresas oferecem canais de atendimento específicos para renegociação.
Formalize o acordo
Certifique-se de que todas as condições negociadas estejam documentadas, seja por contrato ou e-mail, para evitar mal-entendidos futuros.
Cumpra o combinado
Honre os pagamentos conforme o acordado. O descumprimento pode resultar em perda de credibilidade e dificultar futuras negociações.
Motoda ressalta que, além da negociação, é fundamental adotar hábitos de educação financeira para evitar o endividamento recorrente. “Controlar os gastos, evitar compras por impulso e manter uma reserva de emergência são atitudes que contribuem para a saúde financeira e previnem a inadimplência”, orienta o especialista.
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