Diretor e ator Darson Ribeiro conta que peça terá elementos da cultura santamarense e é diversão garantida nessa terapia coletiva!
Entrando no 10º ano das mais de 350 sessões com um incrível público de 250 mil espectadores, o espetáculo Homens no Divã pousa no Teatro Paulo Eiró, trazendo a cômica sessão de terapia pela primeira vez na nossa amada região de Santo Amaro.
Para você se familiarizar e despertar a curiosidade de assistir, o diretor e ator, Darson Ribeiro, apresentou a história ao Grupo Sul News. “Todo mundo precisa sentar no divã um dia! Homens no Divã é um título que eu criei em cima de um texto da Miriam Palma, chamado ‘Desesperados’, onde três homens e seus dilemas masculinos todos, por conta das mulheres, acabam se encontrando num divã freudiano”, apresentou.
Comemorando os 10 anos de exibições do espetáculo, Darson revela que sempre pesquisa os bairros e cidades que a peça é apresentada para mostrar aquela piada interna que só os locais entenderiam, “cada temporada eu faço uma pesquisa prévia para descobrir o restaurante que a moçada gosta ou a pracinha que fazem caminhada, o nome de um morador ilustre do bairro e homenageamos na peça”, explicou contando algumas novidades para a peça santamarense.
“Por exemplo, o meu personagem vai a terapia depois de ser traído pela esposa. Então os outros dois levam ele para a balada, onde ele conhece uma mulher chamada Cintia. Vamos supor que tenha um ícone feminino em Santo Amaro, provavelmente ela vai se transformar nesse ícone feminino de Santo Amaro.”
Darson fez questão de deixar os personagens com vidas e personalidades totalmente distintos uns dos outros, para que no final da peça, os três homens se complementam nessa autoajuda conjunta.
Outro ator, Ken Kadow, atua um personagem metrossexual, abordando homofobia e preconceitos. “O publico comenta muito o personagem do Ken. Eu criei [o personagem] de um jeito na direção que quando começa a peça o público tem certeza que o personagem é gay. Mas o homem bem vestido, que gosta de perfume, de cremes, corta o cabelo, qual é o problema você gostar disso?”, questiona dando sinais que o final pode surpreender!
Já o terceiro personagem, de Guilherme Chelucci, é o típico ‘Macho-Alfa’, cheio de preconceitos e polêmicas. “Ele é bombeiro, eu brinquei com esse fetiche, porque quando criança vemos como ídolo a profissão que salva vidas. Então eu fiz esse depravado sendo mulherengo, machista e homofóbico”, explicou.
Tal personalidade demorou peças para ir moldando o bombeiro para que fosse totalmente aceito pelo público do melhor jeito sem insultar algum tipo de personalidade ou pessoa. “Quando estreamos a peça em 2013, eu sentia que a plateia se assustava com os palavrões. Não que ele é grosseiro, mas é uma pessoa simplória, ele está no mundo dele”, explicou e ainda contou um ocorrido: “Isso aconteceu só uma vez, no Teatro das Artes, um casal ouviram o personagem do Guilherme e nos primeiros 15 minutos de peça saíram reclamando da homofobia e tudo mais, mas não esperaram o final para entender a dinâmica do personagem e a mensagem que ele quer passar no final”, completou.
Os personagens usam a plateia como parte da história e em dado momento, o público pode comentar e participar da terapia. “Tem essa cena de plateia, que se chama Deixando o Passado pra Trás, e tem a bendita hora que meu personagem faz uma enquete. Como ele foi traído, acaba perguntando sobre. Geralmente a gente olha um casal que aparenta estar casados há anos e pergunta se já passou pelo que passei. Aí o cara responde ‘claro’ e a mulher cai matando [risos]. É polêmico porque ao mesmo tempo que tem mulher que briga, tem casal que quer expor”, disse Darson contando alguns exemplos: “Já vimos de tudo, dois casais que trocam de casais entre eles; casal que a mulher o traiu três vezes e ele o perdoou, e tudo falando abertamente.”
E a terapia que seria apenas para os três homens de distintas personalidades acaba transformando a plateia num grande programa ‘Casos de Família’! Darson, ao longo dos 10 anos, presta muita atenção no público presente e acompanha a evolução de interação. “Vemos a necessidade que os casais tem de falarem do relacionamento, hoje vivemos num mundo muito individual, as pessoas não se tocam mais, não se abraçam mais, não dividem problema e alegrias, e a peça faz isso. Divide problemas, mas divide muita alegria”.
Homens no Divã ficou com o trio de elenco original até o ano passado, 2022. Com Darson Ribeiro, Guilherme Chelucci e Olivetti Herrera. Mas Olivetti saiu para seguir em outras atuações, dando espaço para Ken Kadow fazer o papel do metrossexual. “Estreamos em Pirassununga-SP e fizemos muitas apresentações no interior de São Paulo. Já fomos ao Paraná e Rio de Janeiro. Mas acho que a temporada mais inusitada foi na Mooca, teve gente que chegou com bolo, com lanche de tanto que gostaram da peça”, relembra.
E nem só de adultos vivem o público de Homens no Divã, os jovens cariocas também surpreenderam na interação com o espetáculo, “Nas cenas de plateias a gente ficava surpreso quando pedia voluntários, os adolescentes queriam participar e comentavam coisas da peça que, às vezes, um adulto leva a peça inteira para entender e eles entenderam em 15 minutos”, finaliza.
A peça ficará em cartaz no Teatro Paulo Eiró de 20 de janeiro aa 12 de fevereiro, Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h. Ingressos custarão R$ 30 inteira e R$ 15 meia e estarão disponíveis em breve no site da sympla ou você poderá comprar na bilheteria, que abrirá 1h antes do espetáculo.
“Eu gostaria de convidar os santamarenses para a estreia no dia 20 de janeiro no teatro belíssimo, o Paulo Eiró! Vocês vão se divertir muito, pois é a primeira vez que o espetáculo vem para Santo Amaro. Além disso, vão ver particularidades do bairro no palco! Vocês não podem perder! Se vocês não gostarem eu pago o ingresso de vocês na saída, no final a gente sempre tira foto com todo mundo e é uma festa, venha se divertir!”
– Darson Ribeiro.
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