Dia Mundial da Conscientização sobre Linfomas: 60% dos casos ainda são descobertos tardiamente

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Crédito: Freepik

Detecção precoce é essencial no combate à doença

Na última década, o termo Linfoma ganhou as manchetes após uma série de personalidades famosas revelarem o diagnóstico da doença. E não é à toa que ouvir falar sobre esse tipo de câncer está mais comum: de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, são estimados cerca de 15.120 novos casos de linfomas para cada ano do triênio de 2023-2025, sendo 3.080 do tipo Hogdking e 12.040 do não Hogdking. E, segundo a entidade, por motivos ainda desconhecidos, o número duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Observatório de Oncologia, entre 2008 e 2017, foi mostrado que o linfoma costuma ser diagnosticado tardiamente no Brasil. Cerca de 58% dos pacientes descobrem a doença em estágio avançado e 60% dos homens e 57% das mulheres têm um diagnóstico tardio.

Os linfomas podem ser classificados como Hodgkin, mais raro e que afeta em especial jovens entre 15 e 25 anos e, em menor escala, adultos na faixa etária de 50 a 60 anos, ou não-Hodgkin, cujo grupo de risco é composto por pessoas na terceira idade. Para a Dra. Mariana Oliveira, onco-hematologista da Oncoclínicas, apesar de não haver prevenção por desconhecimento do que leva ao surgimento da neoplasia, a chave para deter a evolução progressiva do tumor é o conhecimento. “A boa notícia é o fato de os linfomas terem alto potencial curativo. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial”, afirma.

Os sintomas em geral são aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos ou ínguas, em linguagem popular) nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre e, eventualmente, pode acometer órgãos como baço, fígado, medula óssea, estômago, intestino, pele e cérebro.

Em certos casos, terapias alvo-moleculares, que tem como meta de ataque uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas. Ainda, dependendo da extensão dos tumores e eficácia das medicações, pode haver a indicação de transplante de medula óssea.

Diante dos desafios impostos pela crescente incidência da doença, novas alternativas terapêuticas vêm surgindo para combater os linfomas, especialmente para os que não respondem aos tratamentos convencionalmente indicados. “A medicina tem avançado nos últimos anos principalmente através da terapia celular”, afirma a especialista.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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