Operação que ocorre desde quinta-feira (22) conta, atualmente, com cinco helicópteros das Forças Armadas
Sob a coordenação do Ministério da Defesa, as Forças Armadas estão atuando em São Paulo com 600 militares no combate às queimadas. A operação ocorre desde quinta-feira, 22 de agosto, e conta, atualmente, com cinco helicópteros (dois da Marinha e três do Exército Brasileiro) e com a aeronave multimissão KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave, operada pelo 1º Grupo de Transporte de Tropa (GTT), foi designada para auxiliar no combate às queimadas no interior do estado. No final da noite de sábado, 24 de agosto, o avião chegou ao Aeroporto de Ribeirão Preto, cidade mais atingida pelos incêndios.
O KC-390 Millennium já foi empregado este ano no combate a incêndios no Pantanal e se destaca por possuir tecnologia para conter as chamas em pleno voo. Utiliza o Sistema Modular Aerotransportável (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System), que fornece a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate ao fogo em voo. São tubos que projetam água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até três mil galões — aproximadamente 12 mil litros de água, em áreas de difícil acesso.
Por conta da gravidade da situação, o governo de São Paulo decretou situação de emergência em 45 cidades por causa dos incêndios florestais e anunciou o uso de aviões das Forças Armadas para conter as chamas, principalmente em Ribeirão Preto — onde o governo estadual montou um posto avançado de monitoramento.
Segundo o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio. Ao todo, são 46 municípios que estão sendo monitorados e estão em alerta máximo para queimadas. As localidades em questão sofrem com baixa umidade do ar e elevado risco devido à onda de calor que afeta todo o estado.
Além das aeronaves, também estão sendo empregados equipamentos especializados de engenharia para construção de aceiros, uma espécie de barreira para evitar o alastramento do fogo. Viaturas de socorro e caminhões cisterna também estão sendo empregadas. A atuação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ocorre em apoio ao estado de São Paulo e em parceria com agências governamentais.
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