Essas conexões são essenciais para a sobrevivência da fauna e da flora, o incremento de variedade genética das espécies e melhoria da qualidade ambiental das cidades
Os corredores verdes são áreas criadas para promover a conectividade entre parques e outros fragmentos de áreas ambientais, tais como praças e espaços livres vegetados em áreas particulares. A sua implantação é uma estratégia para evitar a diminuição dos efeitos da fragmentação dos ecossistemas, o que possibilita a sobrevivência e o incremento da biodiversidade nos centros urbanos.
Um dos seus principais atributos é sua função ecológica de permitir a movimentação dos animais a diferentes áreas. Vale ressaltar que, a partir de uma visão sistêmica, os corredores verdes podem exercer múltiplas funções e resultar em diferentes benefícios para as cidades, como ampliar áreas para passeio de pedestres e ciclistas e criar mais áreas de lazer para as pessoas.
Os corredores podem ser estabelecidos através de um conjunto de estratégias diferentes, que incluem a arborização urbana, a implantação de jardins de chuva, corredores polinizadores e até mesmo telhados verdes, e que possibilitem a conectividade entre fragmentos de áreas verdes.
“Para muitas espécies, a arborização urbana também desempenha a função de corredor verde, principalmente, nas ruas e avenidas onde se encontram copas de árvores bem formadas, umas conectadas às outras. Além da função da manutenção da biodiversidade, essas áreas proporcionam outros benefícios para a população, com a construção de ciclovias e caminhos alternativos dentro da cidade”, explica Vinicius Almeida, diretor da Divisão de Gestão de Parques Urbanos (DGPU).
A cidade de São Paulo conta com diversos exemplos desses espaços, tais como os parques lineares, áreas verdes contínuas, ruas bem arborizadas, margens de córregos e de represas que conectam podem exercer a função de corredores verdes.
Além dos corredores verdes, existem também os corredores ecológicos, mapeados pelo Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA) e que têm a importante função de estabelecer a conectividade entre às áreas Núcleo, mapeadas como principais remanescentes de Mata Atlântica do Município
“O Plano Municipal da Mata Atlântica estabelece vários corredores na cidade. Há um corredor ecológico formado por um conjunto de áreas verdes na região norte e região leste, que pega as áreas do Parque Savoy, Parque Nair Bello, áreas verdes particulares, Parque Linear Rio Verde, Parque do Carmo e Morro do Cruzeiro. Na zona sul também existem vários corredores ecológicos reconhecidos pelo PMMA”, diz o diretor.
No Plano de Áreas protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres – PLANPAVEL, além dos corredores ecológicos, estão indicados corredores verdes, como áreas de interesse de conexão. O Plano indica algumas ações específicas, e que estão sendo iniciadas, como o objetivo de aprimorar a localização desses corredores verdes e elaborar parâmetros e procedimentos para a sua implantação.
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