O mundo está se reinventando, redescobrindo coisas deixadas para trás. Não por serem ultrapassadas, sem sentido ou desagradáveis. Elas simplesmente foram esquecidas.
Como digo, não é o mais rico, o mais bonito ou o mais inteligente que sobrevive. Permanece vivo aquele que melhor se adapta às mudanças. Quais são os pontos, a meu ver, que favorecem a essa adaptação?
Aceite: aceitação não é estagnação ou conformismo. Aceitar é o que favorece o movimento. E está relacionado com uma decisão interna.
Tranquilize-se: tudo passa! Essa certeza diminui a ansiedade. Mais cedo ou mais tarde o mal acaba. A vida ocorre em ciclos positivos e negativos.
Viva agora: Informe-se em fontes confiáveis. Esteja presente no aqui e agora. O amanhã nunca será se no agora não “trabalhar”.
Limite as notícias: Ler, assistir e ouvir o dia todo notícias sobre o problema só trarão angústia, medo e pânico.
Diferentemente de outras crises econômicas as quais o mundo passou e, apesar dessa pandemia afetar fortemente a economia, afeta ainda mais a saúde, não só a física, mas a emocional. Infectados ou não. Talvez, exatamente por isso, pelo medo iminente da morte, dada a alta velocidade de contágio, o mundo parou. Literalmente, o MUNDO PAROU!
A sociedade criou uma rede de solidariedade. Grandes empresários disponibilizam doações milionárias para estudos que levem à descoberta da cura ou de vacinas. Existem frentes para a distribuição de alimentos e álcool em gel às comunidades carentes. Os profissionais da área da saúde, mesmo sabendo dos riscos, realizam trabalhos voluntários.
Apesar do isolamento social imposto, os laços estão sendo estreitados, mesmo que sejam virtualmente. Desejo imensamente que logo possamos voltar à nossa rotina, mas que jamais percamos essas conquistas.
ANA BEATRIZ CINTRA é psicoterapeuta com Experiência no Tratamento de Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico e Emagrecimento