Apresentação do último domingo (30) de abril traz um repertório bastante atraente e para encantar à moda antiga o público no Teatro Paulo Eiró
Para os amantes de uma boa música está chegando o dia mais aguardado no Teatro Paulo Eiró com o tradicional concerto da Orquestra Filarmônica Santo Amaro (OFISA) no último domingo (30) de abril, às 11 horas, gratuito! O Concerto tem regência da maestrina Sílvia Luisada e o concerto é em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura.
Para o especial do mês de Maio, a maestrina traz o Tubista Marcos Marques e o violinista Carlos Mascareno que interpreta Lalo, que completa 200 anos de aniversário neste ano. No programa ainda temos em primeira audição a composição ‘Gabriela’ do regente assistente Rafael Vicole, Camargo Guarnieiri e os convidados Joyce Gozeloto – soprano e André Heryson – barítono, que interpretarão junto à Ofisa ‘La Ci Darem La Mano’, ária do Don Giovanni de Mozart, terminando com o famoso movimento da Sinfonia do Adeus de Haydn.
Para entender um pouquinho sobre a composição ‘Gabriela’, Rafael Vicole conversou com o Grupo Sul News, contando que a inspiração veio da história de amor de sua bisavó Gabriela Garcia Gonzalez, que só soube no dia do velório de seu pai. “Pra mim eu era o único músico da família. Minha madrinha [neta de Gabriela], me contou que minha bisavó morava na Espanha e se apaixonou por um Mouro [homem de origem árabe do Norte da África, na Península Ibérica], e a família não aceitou esse romance. Ela acabou fugindo com ele e para sobreviver, ele tocava violão enquanto ela tocava castanhola e dançava Flamenco nas tavernas espanholas”, explicou contando sobre sua composição.
Em um mundo dominado pelas plataformas digitais de músicas, onde podemos ouvir tudo aonde e quando quisermos, Rafael entrou na contramão da tecnologia para realizar uma experiência à moda antiga. “A música ‘Gabriela’ que fiz vai existir nesse domingo para esse público e depois não será sentido mais. Hoje em dia a gente perdeu um pouco essa questão de ouvir uma música jamais ouvida. Mas na época do Mozart, ele tocava uma música e depois para ouvir novamente só se ele se apresentasse de novo. É a possibilidade do público poder reviver um pouco dessa experiência, ouvir uma música pela primeira vez. Será mágico!”, disse.
Para compor, Rafael usou o piano como fundo para depois criar na orquestra, “faço uma maquete no piano de uma composição que tenho na cabeça, a partir daí faço o processo de ‘orquestrar’, então imagino pegar uma melodia e pensar que combina com a flauta, ou algo junto com violinha para deixar num tom mais doce, mais leve”, finalizou. Não perca a OFISA no Teatro Paulo Eiró neste domingo!
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