O maior desafio dos professores dentro da sala de aula sempre foi manter o interesse e a atenção dos alunos. Hoje em dia, com a geração que cresce em meio à tecnologia, a atualização dos métodos de ensino é cada vez mais necessária.
Surgem então as Edtechs, startups educacionais que mudam os modelos tradicionais. Segundo um mapeamento realizado em 2018 pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), as Edtechs crescem 20% ao ano.
Com a tecnologia, as crianças têm muito mais atenção do que nos livros ou lousas, pois é uma linguagem mais atraente e que estão acostumadas. É mais fácil uma criança entender o que é o sistema solar entrando no ambiente virtual, do que tentar imaginá-lo apenas pela descrição do professor.
A realidade virtual (VR) dá ao aluno oportunidades de vivenciar diferentes situações. Afinal, são nas experiências que nós adquirimos aprendizados reais. E esse tipo de aprendizado pode ajudar na formatação da cidadania das crianças. Com a VR, a criança tem a oportunidade de andar por uma avenida como se fosse um cadeirante ou um cego. Ela sente como seria a situação, entende as dificuldades e cria empatia.
Esse tipo de experiência impacta beneficamente não somente os alunos, mas também os pais e toda a comunidade escolar. O mesmo acontece com a realidade virtual aplicada no ensino superior. Para palestrantes irem em faculdades distantes, há o tempo de viagem, custo de transporte, hospedagem e alimentação. Com a VR, tudo fica mais fácil. Ainda é possível observar microambientes e até fazer experimentos químicos, biológicos ou eletrônicos.
Podemos citar inúmeros benefícios da transformação tecnológica nos métodos de ensino. Contudo, o trabalho de implantação das Edtechs não tem sido fácil. É importante que as escolas e instituições de ensino se conscientizem que a tecnologia para jovens não está relacionada apenas à diversão, mas que pode somar à educação e ser implantada em universidades especializadas.
WANDERSON LEITE é fundador das empresas ASAS VR, que leva realidade virtual para as empresas e escolas; ProAtiva, de treinamentos corporativos digitais; e Prospecta Obras, plataforma do segmento de construção civil.
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