Lojistas procuram poder público para que possam manter suas lojas abertas
Comerciantes de Santo Amaro vêm passando por uma situação desafiadora nos últimos anos. O fluxo de clientes cai anualmente levando a quedas de vendas e até o fechamento de algumas lojas.
Segundo os lojistas, essa situação está acontecendo devido à instalação de um Núcleo de Convivência para Adultos em Situação de Rua, que tem atraído muitos moradores de rua para a região. Ainda segundo os varejistas, o problema em si não seria o Núcleo, mas o fato de que as pessoas que buscam atendimento acabam não ficando no espaço, mas nas ruas das lojas e consequentemente arrumam brigas nos espaços públicos, realizam pequenos furtos, intimidam consumidores e vendedores, e até mesmo consomem drogas e praticam relações sexuais ao ar livre.
Essa história começou em 2023, quando o Núcleo foi instalado na Rua Desembargador Bandeira de Mello. Desde então, os empresários locais pedem aos órgão públicos que avaliem a instalação do centro em Santo Amaro alegando a dificuldade que estão tendo para manter as vendas, com cerca de 30% de queda no faturamento.
Em fevereiro deste ano, o Grupo Sul News já havia noticiado uma reunião entre os comerciantes, a Subprefeitura de Santo Amaro, a Assistência Social e a Inspetoria Regional de Santo Amaro com o objetivo de encontrar uma solução para a situação. No encontro, ficou firmado que um novo local seria encontrado para o Núcleo. Porém, até agora não houve mudança e na última semana um grupo de comerciantes locais voltou a nos procurar alegando que as medidas não foram cumpridas.
“Logo depois da reunião, a subprefeitura realizava os trabalhos de zeladoria, mas isso não está acontecendo mais. Já buscamos diversos órgãos públicos e ninguém toma uma medida para nos ajudar. Tem autoridades públicas que não nos recebem para uma conversa. Continuamos perdendo nossos clientes e fonte de renda. Pagamos nossos impostos e só queremos trabalhar. Mas não estamos conseguindo. Não somos contra o Núcleo, só queremos que troque de lugar”, contou um dos lojistas que preferiu não se identificar.
Os comerciantes revelaram que já não sabem mais quem procurar para uma solução e que pensam em buscar a justiça ou realizar manifestações para conseguir chamar a atenção para a situação deles. Enquanto isso, tentam atrair os clientes com vitrines bem decoradas e reforço na segurança com o apoio de câmeras e grades nos locais que é possível a instalação.
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