À convite da emissora de Sílvio Santos, o Grupo Sul News foi um dos veículos de imprensa que prestigiaram o Debate para Governador em São Paulo. Veja repercussão das ideias e bate papo apresentado sob o ponto de vista de quem estava presente
No sábado (17) o Grupo Sul News foi convidado para prestigiar o debate entre candidatos a Governador no Estado de São Paulo, que aconteceu ao vivo nos estúdios do SBT, e que foram organizados pelos veículos de imprensa Terra, Estadão, Nova Brasil, Veja e SBT.
Os cinco principais candidatos foram selecionados para participarem, entre eles os dois com menos inteções de votos, Vinicius Poit (Novo) e Elvis César (PDT), ganharam um destaque positivo em suas ideias pelos olhos do público presente na plateia. “Achei excelente a proposta de todos os candidatos, em especial ao Vinicius, atendeu minhas expectativas”, declarou o candidato a Deputado Federal presente na bancada do Novo, Rogério Travano.
Os outros candidatos são os favoritos para irem ao segurndo turno, Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas Datafolha, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) estão em empate técnico como ameaças ao candidato petista.
Presente como convidados, Fernanda Pereira e Marcelo Souza também ficaram supresos com algumas temáticas apresentadas durante as perguntas e respostas. “Gostamos que não teve acusações de baixo nível, o debate no geral foi propositivo e o que mais me chamou atenção foi quando tocaram no tema de transparência e combate a corrupção, que foi muito mais explorado do que em outros debates“, contou Fernanda logo após o término do debate.
Cada candidato pôde contar com dez convidados, com cadeiras separadas. O repórter do Grupo Sul News, Matheus Laube, estranhou o debate em um estúdio e a plateia em outro ponto separado. “O SBT explicou que era para não dar possíveis brigas entre plateia e candidatos. Como foi o primeiro debate que acompanhei, foi impressionante a reação do público com gritos e aplausos de apoio, a favor ou contra”, pensa e conclui: “Pareciam times de futebol. Como vivemos numa era de clássicos terem torcida única em SP, acredito que separar plateia e palco foi crucial pro debate ter sido limpo e respeitoso”.
Esse clima amistoso começou logo com a chegada de um por um no estúdio, sendo todos muito cordiais e respondendo as perguntas pré-debate com os jornalistas na entrada. Já a postura de cada um mudou quando o programa entrou no ar. “Vi que os candidatos começaram estudando cada um, vendo até onde dava pra falar, se vai atacar muito ou falar de propostas”, avaliou o cientista político Rogério Schmitt.
Clarissa Oliveira, a jornalista representante da Veja no debate, contou com exclusividade ao Grupo Sul News que suas expectativas de respostas foram atendidas. “Temos que ter a compreensão de que quando se está num debate com uma visibilidade desse tamanho, cada candidato tem um objetivo central de se proteger de eventuais constrangimentos e expor ao máximo suas ideias pro eleitor”, revela Clarissa.
O cientista político ficou surpreso entre um bate papo muito interessante protagonizado por Vinícius Poit e Elvis Cesar, sobre a questão de inclusão de portadores de necessidades especiais, para ele “logo os dois candidatos com menos intenções de votos, com “papeis secundários”, tiveram falas muito fortes que envolve cada uma das famílias, falando da inclusão. Porque temos pessoas com deficiência brancas e pretos, novos e velhos, mulheres e homens, conseguindo chamar a atenção dos eleitores com essa temática.”
Presente entre os convidados, a presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, também ressaltou que a importância do papel da mulher foi muito impactante durante os discursos. “Fomos muito valorizadas. Em todas as falas, disseram sobre a proteção da mulher, de impulsionar o empreendedorismo feminino, de criar creches para as mulheres trabalharem, foram ideias muito interessantes”, disse. Rodrigo Garica também fez questão de lembrar que suas dez convidadas eram mulheres, mostrando a força feminina no partido tucano. E Clarissa completa: “Acho que o Tarcísio estava no direito dele de mostrar o que quer fazer nesse eleitorado quando perguntou sobre mulheres, dadas as circunstâncias [em referência ao episódio do cadidato a deputado estadual Douglas Garcia, de mesmo partido de Tarcísio] , mas cumpriu o seu papel de dizer o que pretende fazer.”
Se pelo lado dos sociais-democratas tiveram o destaque do emponderamento feminino na bancada, por outro os petistas contaram com a presença e apoio de Marina Silva, revelando uma importante aliada no mundo político com o candidato Fernando Haddad.
Rogério Schmitt conclui que o debate foi por aquilo que se esperava por “não ser o primeiro e nem o último debate, e que ainda não entrou na reta final”, e Clarissa Oliveira completa: “Precisamos esperar que ele detalhem um pouco melhor esses programas que estão um pouco superficiais, por exemplo, no caso da pergunta feita sobre corrupção pelo candidato do Novo, faltou aprofundar um pouco as propostas.“
Por fim, a jornalista da Veja, Clarissa foi questionada sobre a influência dos candidatos a presidentes apoiados pelos governadores, tendo Bolsonaro apoiando Tarcísio e Lula apoiando Haddad, mas com uma carência inédita de candidato do PSDB na corrida eleitoral a presidência. “Essa [nova] polarização está impactando toda a política nacional, é natural que haja reflexos nos estados. Mas não dou esse quadro como definido em São Paulo, visto que Rodrigo Garcia e Tarcísio estão num empate técnico no limite da margem de erro e ainda temos duas semanas [que podem mudar o cenário eleitoral até a votação definitiva]”, conlui.
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