O ecoponto é, antes de tudo, uma atitude amigável com o planeta. Um espaço urbano que a Prefeitura de São Paulo disponibiliza para o descarte de entulho de pequenos volumes com 1m³, grandes objetos (móveis, sofás, etc.), poda de árvore e resíduos recicláveis. Cada ecoponto contribuiu para evitar enchentes, além de reduzir gastos com a limpeza pública. Na Capital, são 122 unidades com atendimento diário, inclusive aos domingos e feriados.
A gestão dos ecopontos é feita pelas empresas contratadas, de acordo com as regras contratuais. No último ano, cerca de 441.028,24 toneladas foram recebidas nas centrais do programa.
O aumento desses espaços, diminuíram os pontos viciados nas ruas paulistanas. Em 2016, eram 4 mil locais de descarte clandestino; hoje são cerca de 1210 pontos. A atuação permanente de limpeza urbana somada a ação das 32 subprefeituras de SP trouxeram esse impacto positivo. Hoje a Capital tem 122 Ecopontos e outros 40 devem ser construídos nos próximos dois anos.
A primeira unidade de ecoponto da cidade de São Paulo foi inaugurada em outubro de 2003, na Praça Giuseppe Cesari – Bresser. Atualmente, a zona leste conta com 52,46% das unidades de coleta da capital.
Os ecopontos foram criados com o objetivo acabar com o descarte irregular de lixo em vias públicas, rios e terrenos baldios. Os dejetos em locais impróprios podem obstruir as redes de esgoto e os rios. Além da poluição visual, promovem o aumento dos gastos com limpeza urbana, e o acúmulo de lixo também contribui para a proliferação de doenças associadas ao descarte incorreto de lixo, o que eleva os gastos públicos com saúde.
O descarte de produtos químicos e lixo orgânico por indústrias são ainda mais nocivos. Essa prática pode prejudicar o solo e os lençóis freáticos, levando à contaminação e poluição dos rios e da terra. O que destrói a fauna e flora local, e ainda, estimula a transmissão de doenças como infecundidade, hipersensibilidades alérgicas, disfunção hepática e renal ou até câncer.
Entretanto, com a adesão do público, diminuiu os pontos de descarte viciados impróprios. Em 2016 eram 4 mil e hoje são cerca de 1210. Comparando os últimos quatro anos, de 2016 a 2019, foi registrado um aumento de 56% de resíduos recebidos. Em 2020, foram recebidas cerca de 455.4 mil toneladas de resíduos, 1,7% a mais que no ano anterior.
Dos 122 ecopontos, a Zona Sul tem 22 unidades; a Zona Norte tem 20; a Zona Oeste 9; o Centro 7 e a Zona Leste dispõe de 64 unidades. Destes, 36 unidades (cerca de 29%) estão aptas para receber gesso. Os resíduos da construção civil são destinados a Aterros Classe II-B Inertes (não são solúveis, nem inflamáveis, não sofrem qualquer tipo de reação física ou química), havendo em determinadas ocasiões o processo de reciclagem do entulho. Materiais volumosos (tais como madeiras e restos de móveis) são destinados a Aterros Classe II-A (biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água), e em determinados casos também são utilizados como reciclagem e bioenergia.
Quanto aos resíduos secos (recicláveis) são destinados para as Centrais Mecanizadas de Triagem – Carolina Maria de Jesus e Ponte Pequena, ambas administradas por cooperativas. A Prefeitura mantém a operação dos postos de coleta abertos das 6h às 22h de segunda a sábado e das 6h às 18h, aos domingos e feriados.
O limite diário para o descarte de materiais nestes locais: 1m³ de material por pessoa, o que equivale a cerca de 25% do volume de uma caçamba ou a uma caixa d’água de mil litros. A contribuição da população em não despejar lixo e entulho é fundamental. O descarte irregular de material em vias públicas está sujeito a multa no valor de R$ 819,81 (abaixo de 50kg) até R$ 17.447,82 (acima de 50kg), conforme os artigos 160 e 161 da Lei 13.478/02, além de ser considerado crime ambiental.
Para conscientizar a população, a prefeitura desenvolve campanhas como: “Campanha Lixo no lixo” e Recicla Sampa. Juntos, transformamos São Paulo em uma cidade mais atraente, encantadora e limpa.
SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br