A vereadora e cicloativista Renata Falzoni e vários outros ciclistas se mobilizaram no dia 3 de março às margens do Rio Pinheiros para protestar contra o projeto de prolongamento da Marginal Pinheiros, em São Paulo. Segundo o grupo, a construção de uma via expressa no local destruiria a última área verde sem avenidas às margens do Rio Pinheiros. Um abaixo-assinado contra o projeto já reúne mais de 18 mil assinaturas .
“A área representa o último trecho ao longo do canal do Rio Pinheiros que ainda não possui avenidas e vias de tráfego intenso e é uma das maiores áreas verdes urbanas da cidade, com fácil acesso por metrô, trem, bicicleta e a pé. Sua área é maior que o Ibirapuera e sua extensão é maior que a orla da Cidade de Santos”, diz o texto do abaixo-assinado, que pede a criação do Parque Jurubatuba no local.
De acordo com o blog Ciclocosmo, o projeto de prolongamento da Marginal Pinheiros prevê uma via expressa na margem oeste do rio, entre a ponte João Dias e a avenida Jair Ribeiro da Silva.
O novo sistema viário seria composto por interligações com as pontes ao longo do trajeto, começando pela ponte Transamérica, depois a ponte do Socorro, ponte Jurubatuba e ponte Vitorino Goulart da Silva, além de acessos viários aos bairros. Também está prevista a construção de novas pontes e viadutos.
“A obra em si não tem sido discutida com a população, é insustentável, a prefeitura ignora todas as evidências que mostram o quanto danoso é o empreendimento, que vai totalmente na contramão do combate às mudanças climáticas e da melhoria da qualidade de vida na cidade. São Paulo precisa urgentemente proteger e aumentar suas áreas verdes”, disse Falzoni ao blog.
Em resposta, a Prefeitura de São Paulo declarou que “o prolongamento da Marginal Pinheiros visa proporcionar uma série de benefícios relacionados à mobilidade urbana: fluidez do tráfego, redução de conflitos viários, construção de novos pavimentos e acessos aos bairros, soluções de drenagem para prevenção de alagamentos, implementação de ciclovia e ciclofaixas para promover uma mobilidade urbana mais sustentável, além da significativa redução do tempo de deslocamento”.
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