CARTA DO LEITOR | O que acontece com o Cemitério de Santo Amaro ?

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1836

No “Dia de Finados”, como de hábito e seguindo a tradição de minha saudosa mãe Neyde, acompanhei minha irmã com o escopo de depositar flores nos túmulos das nossas famílias, tanto por parte de mãe, quanto por parte dos familiares do meu pai.

Ao chegarmos no cemitério de Santo Amaro, fomos tomados por absoluta surpresa, ao notarmos que no jazigo onde estão sepultados meus avós maternos, meus tios e tias, novamente ocorreram furtos de todas as placas, fotografias e as letras de identificação do nome da família. Fato este que se repetiu igualmente, no túmulo onde se encontram sepultados meus avós paternos, meus tios e tias.

Mais que revoltante, a prática de crime, capitulado como violação de sepulturas, me fez lembrar de um princípio descrito na Constituição Federal que impõe que a Administração Pública, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, deverá obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Eficiência essa que está muito distante de se observar no Serviço Funerário Municipal, nas administrações dos cemitérios e em especial no de Santo Amaro.

Por mais que saibamos que os processos de privatização do serviço funerário se encontram em curso, e a municipalidade vai se desincumbir da sua atual responsabilidade, ela ainda é responsável, embora, deixe a imagem de que não está, se preocupando em solucionar o problema.

Não sei se o Cemitério de Santo Amaro, possui um administrador, cujo cargo geralmente é considerado de confiança ou de comissão, sendo ocupado por meio de indicação, sabe-se lá de quem.

Se existe algum gestor, remunerado pelos cofres públicos, aparentemente a impressão que se tem é que não conhece absolutamente nada de administração, e que pouco se preocupa com os prejuízos que estão sendo causados aos munícipes.

Penso que diante da ineficiência da administração por meio de seu agente, o valor que mensalmente lhe é creditado a título de salário, deveria ser entregue aos munícipes que foram lesados por estes atos criminosos, para que fossem ressarcidos com os custos de confecção de novas placas, novas fotografias, novas identificações nos respectivos túmulos, reparando assim os danos que estão sendo frequentemente causados.

Creio que essa seria a medida mais acertada, para que assim, a administração pública, demonstrasse o mínimo de respeito para com os cidadãos que pagam os seus impostos e contribuem assim, para custear os salários dos administradores dos cemitérios municipais.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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