Movimento Respira Santo Amaro alega que empresa emite gases poluentes responsáveis por alergias e irritações
Na próxima sexta-feira (13), às 18h30, a Câmara Municipal de São Paulo irá receber a audiência pública “Poluição em Santo Amaro: Quando uma Indústria adoece a cidade”. A audiência tem o apoio do movimento Respira Santo Amaro e da vereadora Renata Falzoni. O objetivo é discutir os impactos da poluição da empresa Isover Saint-Gobain – Filial Santo Amaro na região e as consequências sobre a saúde e o cotidiano da população.
Segundo o movimento, a empresa emite gases poluentes responsáveis por incômodos, irritações e alergias à população local. Integrantes do movimento alegam que há casos de pessoas doentes devido à emissão dos poluentes, inclusive crianças que chegaram a ficar internadas. A organização ainda alega que a Isover tem mais de seis multas e advertências, cerca de 2500 chamados e dezenas de denúncias. Tudo isso em pouco mais de um ano.
“A audiência pública veio em um momento em que os moradores e comerciantes não aguentam mais, principalmente devido ao acometimento da saúde. A Isover é comunicada desde 2010 que precisaria fazer o descomissionamento, assim saindo daqui para um local industrial e renovando seus equipamentos, este mesmo relatório apontou que os equipamentos são antigos e poluem absurdamente”, conta uma das participantes do movimento que preferiu não se identificar.
No boletim informativo da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), órgão estadual responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades que possam gerar poluição, consta a informação de que a empresa não cumpriu o prazo para “implementar/aprimorar os equipamentos/sistema de contenção e de controle ambiental de emissões odoríferas provenientes do processamento industrial, de modo a assegurar os resultados pretendidos e cessar os incômodos contínuos à população circunvizinha e os inconvenientes ao bem-estar público”, e que por isso as multas foram aplicadas.
Outro órgão que entrou na disputa é o Ministério Público de São Paulo que determinou que a Isover apresente um plano de saída de Santo Amaro para uma região industrial.
Em resposta aos questionamentos da reportagem, a Isover disse que recebeu o convite e que a participação está sendo avaliada.
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