O segundo turno da eleição presidencial é uma oportunidade para os dois finalistas concentrarem suas campanhas na apresentação de propostas para o desenvolvimento do país. Por isso, esperamos mais projetos e menos bate-bocas – chega de improviso! A indústria paulista tem sido proativa em termos propositivos.
Apartidários enquanto representação classista e focados no propósito da prosperidade do Brasil e de São Paulo, promovemos, na sede do CIESP e da FIESP, encontros com os principais postulantes à Presidência da República e ao governo paulista. Ouvimos os candidatos e lhes apresentamos ideias contidas em um documento das entidades.
Uma das prioridades é uma política industrial moderna, acelerando a transição à Manufatura Avançada. Precisamos acelerar a transição à Indústria 4.0. Para isso, é preciso definir o marco legal, adequando incentivos e reduzindo custos do financiamento. Deve-se, ainda, fomentar os fornecedores e startups, estimular as médias, pequenas e microindústrias e definir uma agenda de investimento. O fortalecimento da infraestrutura é outro fator urgente.
Cabe fomentar o investimento estatal e incentivar concessões e parcerias público-privadas. Também são prioritárias a reforma administrativa, reduzindo o peso do Estado, e a tributária, com isonomia na taxação dos setores, Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e desoneração das exportações e investimentos.
A proposta do CIESP e da FIESP abrange, ainda, o aprimoramento das políticas públicas de saúde, com foco na gestão, avaliação dos gastos e melhorias na estrutura gerencial. Outra prioridade é elevar a qualidade do ensino, fortalecendo a governança da Educação Básica, modernizando a gestão, valorizando os professores e fortalecendo o ensino técnico e tecnológico, cuja pertinência é demonstrada pelo grande êxito do Senai na formação de milhares de brasileiros.
Esperamos que, no segundo turno, as ideias e as propostas sobreponham-se à truculência verbal. O debate e a apresentação de um projeto de país, não de governo, de longo prazo e sob absoluta segurança jurídica, fortalecem as eleições como plataforma democrática para delinearmos uma agenda eficaz para o presente e o futuro do Brasil.
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