Neste mês de maio entrou em operação na Represa Billings, o Aquático-SP, o primeiro transporte hidroviário público de São Paulo, que irá beneficiar 385 mil pessoas dos bairros Grajaú, Cocaia e Pedreira.
Essa é uma conquista pela qual lutei quando a Cãmara Municipal discutiu e implementou as possibilidades do novo Plano Diretor Estratégico. Melhorar a mobilidade urbana sempre foi uma das questões centrais dessa gestão e, sendo da zona sul, conheço bem as demandas da região nesse sentido.
No início será uma operação assistida para transportar passageiros do Cantinho do Céu até o Terminal Mar Paulista Bruno Covas. Uma iniciativa com ganho significativo, porque, o trajeto antes feito em 1h20, conta agora com dois barcos que farão o transporte em menos de 20 minutos.
A constante preocupação com locomoção da população proporciona melhorias também no transporte terrestre. A região vai ganhar duas novas linhas de ônibus elétricos, que farão a integração entre os sistemas de ônibus e o Aquático-SP. Com isso a população terá acesso ao Terminal Santo Amaro, com interligação e acesso à rede de ônibus, Metrô e CPTM.
Neste início de operação, o Aquático-SP funcionará das 10h às 16h, sem a cobrança de tarifas, com uma capacidade para 60 passageiros sentados. Tanto a cobrança quanto a ampliação dos horários e do número de viagens deverão ocorrer de maneira gradual.
Apesar de a cidade de São Paulo contar com uma ampla estrutura de linhas de ônibus com mais de 14 mil unidades, linhas de trem da CPTM, Metrô e EMTU, o transporte ainda constitui um desafio para equacionar a disponibilidade com a capacidade de atendimento.
A criação do sistema de transporte por barcos é uma iniciativa elogiável. O transporte aquático é um modal utilizado há anos em algumas das mais modernas cidades do mundo, mas que faltava em São Paulo. É mais uma opção que a prefeitura oferece para o cidadão, investindo em uma questão que é apontada como um dos principais indicadores da melhoria da qualidade de vida pela população dos grandes centros urbanos que é a mobilidade.
*Janaína Lima é vereadora na cidade de São Paulo
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