São muitas as facetas da pauta mobilidade urbana: o trânsito e os efeitos na produtividade; a questão energética e ecológica e os vários modos de transporte. Mas e quanto à perda do tempo de vida com deslocamentos? Em um dia normal, pessoas levam mais de duas horas até o trabalho e, em média, um mês por ano no transporte público! Talvez o segredo seja mudar o sistema e a rotina. Um dos temas atuais é o modelo híbrido e como ele pode desafogar o trânsito, já que o grande gargalo está nos horários de pico. São seis horas de problema em 24h!
O trabalho híbrido até pode ajudar, porém, estudos afirmam que menos de 15% dos serviços podem ser feitos assim, logo, essa “super” solução é mais um debate dentro da bolha do home office.
A maioria dos carros circula só com uma pessoa e existem bons exemplos do oposto. Nos EUA existem faixas para carros com mais de uma pessoa, incentivando caronas. O setor MaaS (mobilidade como serviço), mercado de $340bi, usa tecnologia para resolver as amarras do sistema. Aqui na Letz, empresa que criou uma solução simples e eficiente para resolver esse gargalo, otimizamos rotas para que carros tenham até quatro pessoas. Adquire-se o serviço mensal para ir ao trabalho diariamente, incluindo outras pessoas e gastando menos do que se usasse carro ou outros apps. Falar de futuro é analisar como a tecnologia pode alterar o modo como vemos a mobilidade. Veja alguns modelos:
Carro elétrico: Diminui a poluição (cuida do meio ambiente). Com o aumento dessa frota, postos de gasolina tendem a perder a sua necessidade e poderiam passar a outras atividades, otimizando o segmento.
Bikes/patinetes elétricos: Esses modelos tiram pessoas que moram em até 3km do trânsito, uma bela redução no trânsito, mas faltam ciclofaixas.
Carro autônomo: Tem potencialmente mais efeito de curto prazo; também faz com que esses “pilotos” não sejam necessários, diminuindo muito os carros na rua.
Metaverso: Possivelmente em pouco tempo muitas pessoas irão ao trabalho presencialmente, mas com a otimização de processos a tendência é que essa necessidade caia, se atualmente é por volta de 15% no híbrido, qual será o efeito quando chegarmos a 50%?
Vamos juntos repensar a mobilidade?
Felipe Wasserman é especializado em gestão de marketing, professor e palestrante sobre empreendedorismo.
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