Por Maria Luiza Borges Castro Campos
O fim do ano marca uma fase agitada, mas crucial, para aqueles que aspiram ingressar no ensino superior, pois é nesse período que importantes vestibulares são realizados pelo país. Para os candidatos, a produção da redação é uma das etapas mais temidas, e três dos vestibulares mais concorridos do país, entre eles FUVEST, Unicamp e VUNESP, incluem provas de redação na segunda fase.
Nesse sentido, é fundamental que os vestibulandos conheçam as características de cada tipo de redação e como as bancas avaliam esses conteúdos. Apesar das diferenças nos modelos de redação, as três instituições valorizam a norma culta, uma argumentação consistente, o domínio do tipo e gênero solicitados, bem como a coesão dentro e entre cada um dos parágrafos.
A FUVEST, que abre as portas para a Universidade de São Paulo (USP), exige uma “dissertação em prosa”, basicamente um “texto dissertativo-argumentativo”. A instituição explora temas que privilegiam a subjetividade, exigindo repertório sociocultural. Além disto, coerência, articulação das ideias, vocabulário adequado e um texto de 20 a 30 linhas são fundamentais.
Já a Unicamp, com mais de 60 mil inscrições este ano, apresenta duas propostas ao candidato, com gêneros textuais distintos, e o vestibulando deve escolher um deles para produzir sua escrita. Neste caso, clareza, fluidez, domínio gramatical e não estipulação de número mínimo de linhas são algumas características importantes dessa prova.
No vestibular da UNESP (Universidade Estadual Paulista) é proposto um questionamento ao estudante, demandando uma resposta no formato de texto dissertativo-argumentativo, sempre em terceira pessoa do singular. Embora não haja um número mínimo de linhas estipulado, textos com 20 linhas ou menos não atingem a nota máxima.
Independentemente das particularidades, todos os vestibulares alertam para a fuga ao tema, argumentações superficiais e falhas na norma culta e coesão. O uso adequado de recursos linguísticos, como expressões metadiscursivas, analogias e vocabulário variado, é valorizado, desde que utilizados de forma apropriada e com clareza. A gestão do tempo é outro desafio recorrente e, nesse sentido, recomenda-se iniciar as provas pela redação.
Maria Luiza Borges Castro Campos é Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Santa Marcelina Belo Horizonte da Rede de Colégios Santa Marcelina.
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