ARTIGO | Conflito na Ucrânia vem fortalecendo a energia solar como uma tendência mundial

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A guerra na Ucrânia desper- tou no mundo algo antes pou- co observado no setor energético: a crescente popularidade
da energia solar. O país tem enfrentado muitos desafios nos últimos anos, incluindo uma crise política e um conflito territorial que completa um ano neste mês de fevereiro. O resultado desse confronto tem criado em todo o continente europeu uma necessidade de fontes de energia alternativas e seguras.

A energia solar, portanto, está sendo vista como uma opção cada vez mais atraente, não somente na Europa, mas em escala mundial. A necessidade de reduzir a dependência energética da Rússia, detentora de grande parte de usinas geradoras de gás natural e principal forne- cedora para muitos países eu- ropeus, foi encontrar por si própria a solução.

Países europeus têm agora sentido o impacto da interrupção do fornecimento devido às tensões políticas entre Rússia e Ucrânia, o que tem por sua vez levado a cortes de suprimento e aumento dos preços da energia. Como consequ- ência, o valor do petróleo subiu e as fontes renováveis, como energia solar e eólica, tornaram-se a saída. Este movimento, portanto, tem incentivado a imple- mentação de sistemas sola- res em escala crescente, tanto em nível residencial quanto empresarial.

De acordo com uma análise da BloomerangNEF(BNEF), os investimentos anuais em todo o mundo devem triplicar e, até 2050, a meta é zerar as emissões líquidas. Isso inclui a substituição ininterrupta de combustível fóssil por energia eólica e solar, outras renová- veis e nuclear. Ainda segundo a BNEF, as fontes renováveis representam a maior parte das aplicações em 2022, atingindo U$495 bilhões, o que corres- ponde a mais de R$ 2 trilhões.

O Brasil, embora longe do conflito, também sente a tendência de crescimento e maior participação no mix energético global, devendo se tornar a mais utilizada em 2050 e superando as hidrelétricas que, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, têm hoje cerca de 109,7 GW, potência suficiente para abastecer 55 milhões de residências. Já de acordo com a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), é esperado que essa fonte se torne cada vez mais importante nos próximos anos, já que atualmente equivale a 11,2% da energia elétrica do país.


SUGESTÕES DE PAUTA: reportagem@gruposulnews.com.br

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